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COROA DE ESPINHOS (Poema de Agamenon Troyan)

22 dez 2010 às 18:07

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Pintura de El Greco. -
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Cravaram-lhe uma coroa

Cravejada de espinhos,

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Manchada com o seu sangue

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Sob aplausos e risos de algozes.

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Ele trouxe mensagens de esperança


Para um mundo povoado de hienas.

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Os ferrolhos abriram o templo


Onde a hipocrisia asfixiava fariseus.

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A caminho do Calvário


Ele se pôs a seguir.

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A cada passo, um tombo,


Em cada tombo, uma mensagem,

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Em cada chibatada, uma oferta de perdão.


Sua vinda iluminou mentes obtusas

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Que antes se negavam a ouvi-lo,


Que mais tarde se negaram a escutá-lo.


Na cruz ele viu o mundo


E ofereceu-se em holocausto.


Seu último suspiro a humanidade


Ainda ousa não ouvir:


"Amai aos outros como a ti mesmo"



*Agamenon Troyan é o pseudônimo do poeta Carlos Robero de Souza.


Ele nasceu em Machado-MG, em 1964. É escritor e poeta, membro da Academia Machadense de Letras, editor de Fanzine Episódio Cultural e autor do livro "O Anjo e aTempestades", publicado em 2008.

Em 2006, compõe três letras gravadas pela banda finlandesa "Força Macabra". Em 2010, destaque do ano, recebeu o Troféu Carlos Drummond de Andrade"/Itabira-MG.


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