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Ditados Populares (Crônica de Marli Terezinha Andrucho Boldori)

26 mai 2020 às 09:46

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Existem muitas expressões ou ditados populares, que às vezes não são entendidos, principalmente pelas crianças.
Os ditados populares fazem parte do povo. Todos têm um significado do qual podemos tirar uma moral que nos serve como conselho, pois nos transmitem sabedoria e ensinamentos.

Podemos dizer que muitos ditados populares nos remetem à poesia, muitos deles foram usados ou criados há muito tempo, enquanto outros por brincadeiras e para fazer graça, e hoje são usados para transmitir algo que queremos dizer em poucas palavras. Os ditados populares são didáticos, e, é extremamente interessante ensinar às crianças o significado deles, ou de alguns mais usados no dia a dia, pois com eles, a criança aprenderá sobre temas diversos e também, o emprego das metáforas e da linguagem figurada.

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Existem alguns mais usados como:
Acabou em pizza, empregada quando algo errado é julgado sem que ninguém seja punido.
Voto de Minerva, também conhecida como "voto de desempate” ou "voto de qualidade”.
Ficar a ver navios é uma expressão popular que significa ser enganado.
Dar de mão beijada - A expressão "dar de mão beijada”, usada para se referir ao ato de dar algo de forma espontânea e gratuita.
Engolir sapos- credita-se que a expressão tenha se originado a partir dos relatos bíblicos das pragas que atingiram o Egito no tempo de Moisés.
Tirar o cavalo da chuva – Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!
Há muitas destas expressões, mas vou me ater em uma especificamente por ter presenciado o fato, além de interessante passou a ser cômico. Criança sempre nos dá muitas razões para rir.
Domingo, à tarde fui visitar um parente que estava acamado, fazia dias que estava em um tratamento intensivo.
Estávamos reunidos com outros membros da família, a conversa sempre muito boa, apesar do doente.
Havia primos, que não via há tempo, que trouxeram seus filhos pequenos.
Minha prima, tem uma filhinha de 5 anos, uma graça, além de inteligente é muito peralta, pois estava sempre aprontando alguma, por isso os pais não podiam se descuidar dela, e estava sempre sob os olhares de algum adulto.
A roda da conversa aumentava, todos queriam saber das novidades e notícias de algum parente ausente.
Após um delicioso café, todos voltamos para continuarmos o gostoso bate-papo.

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Ontem ganhei o dia (Crônica de Marli Boldori)


Um pouco mais tarde, chegou uma tia, que viera para passar uns dias junto à família para ajudar nos cuidados com o doente.
Mesmo antes de vê-lo, foi logo perguntando:
-Como ele está hoje?
E aí, alguém começou a falar, mas como estava com a voz um pouco alta foi alertada.
- Fale baixo, pois aqui as paredes têm ouvidos.
A conversa continuou por um bom tempo.
De repente, minha prima sentiu falta da sua filhinha, onde foi parar a menina? Todos começaram a procurar por ela, a casa era grande, muitos cômodos.
Todos chamando por ela, e nada de respostas.
Repentinamente, alguém gritou:
- Ela está aqui, no quarto dos fundos. Corremos todos.

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Minha prima enlouquecida falou:
Minha filha, o que está fazendo aqui, longe de nós, já avisei a você que não a quero longe de minhas vistas.
A pequena bem depressa e muito contrariada falou:
- Estou procurando os ouvidos nas paredes, já procurei em quase todas elas, e até agora não vi nenhum ouvido.
Não entendemos nada. Então minha prima ajoelhou-se na frente da filha e falou:
-Explique para a mamãe, por que você está procurando ouvido nas paredes?


Então, ela meio chorosa disse:
-A vovó falou para a titia falar baixo porque aqui, as paredes têm ouvidos, eu só queria vê-los.
Sem muito pensar todos puseram-se a rir.
A expressão: "As paredes têm ouvidos”, foi levada literalmente, ao pé da letra pela pequena, que não sabia nada sobre ditados populares.

Marli Terezinha Andrucho Boldori é escritora, professora e poeta, autora do livro "A magia do amor".


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