A INTIMIDADE DA PALAVRA, de Cyl Gallindo, edições Bagaço /2010, é um painel das grandes preocupações desse escritor, dos temas de sua preferência, de suas leituras.
Trata-se de uma coletânea de Ensaios, enfocando os seguintes temas:
Euclides da Cunha – apresentação do livro Canudos e Outros Temas, publicado pelo Senado Federal, já em 4ª. edição. Com repercussão internacional.
Sobre seu trabalho disse o Senador Humberto Lucena: "Como disse lapidarmente Cyl Gallindo: A Canudos que falsamente afronta o poder, envergonha a burguesia, não é mais um arraial fincado no sertão baiano, é toda a região, com formidáveis ramificações no Brasil inteiro".
"Suas palavras são uma orientação segura para se analisar como ainda andam as coisas neste País, e uma injeção de ânimo para todos aqueles que têm um mínimo de preocupação social e de estabelecer um critério de igualdade e fraternidade relacionando o Norte e Nordeste do Brasil". Álvaro Ribeiro – Diretor da Casa de Cultura Euclides da Cunha /SP.
"Gesto igual, como símbolo, fez Gallindo com o livro. Resgatou do olvido chave apta a abrir a memória nacional, identificando a crise. E somou-lhe, na análise, o que por certo o próprio gênio agregaria à vida do Brasil, encarando sob o sol da ciência atual e sua urgência real: a nossa remissão". José Santiago Naud – professor fundador da UnB.
"Obrigado pelo Canudos. Sua apresentação é um ensaio talentoso, que enriquece a biografia euclidiana. Um magnífico ensaio. Uma das mais sucintas e substanciosas apresentações. Parabéns. Adelino Brandão – biógrafo de Euclides /SP.
"Na apresentação, Cyl Gallindo, de maneira indignada, fala de uma região massacrada pelo secular descaso dos mandatários da Nação. É texto tão tenso quando verdadeiro. Daí o lamento pelo fato de ainda não termos aprendido a ler os nossos clássicos". Maurício Melo Júnior – da TV Senado /Brasília.
Manuel Bandeira – depoimento prestado à Revista Brasileira, da Academia Brasileira de Letras, sobre a convivência de Gallindo com o autor de Estrela da Vida Inteira, para memorar os 40 anos do falecimento do seu amigo. Gallindo quando residiu no Rio de Janeiro foi amigo de Manuel Bandeira. O livro relata essa convivência com incrível vigor, relatando a harmonia entre a grandeza e a simplicidade do poeta no dia-a-dia do seu apartamento, o seu amor pelo Recife, seus amigos, a aposição do seu busto na Rua Riachuelo /Recife e as cartas recebidas de N. B e de Drummond.
Graciliano Ramos – nasceu em Quebrangulo /AL e viveu a infância, onde fez os primeiros estudos, em Buíque, terra de Cyl Gallindo. Ciente de que a paisagem humana e física da infância é o que determina a naturalidade do cidadão, Gallindo advoga que Graciliano é buiquense. E recomenda leitura rigorosa de Infância, São Bernardo, Angústia e Vidas Secas, As Histórias de Alexandre, que aí encontrarão a Geografia Literária de Graciliano. Que não é um sertão qualquer, mas as terras de Buíque
Óscar Ribas – Trata-se do angolano "maior folclorista de Angola, senão de África", no dizer de Câmara Cascudo, que Gallindo conheceu no Rio de Janeiro e de quem se tornou amigo. O encontro, correspondências, a leitura de suas obras que revelaram a Gallindo quanto somos africanos constituem o tema básico desse seu ensaio.
Ademais, Gallindo completou o livro com a conferência proferida na Academia Recifense de Letras Em Defesa da Língua Portuguesa, na qual contesta essa utilização vulgar e esnobe de termos em inglês, quando temos termos correspondentes na língua vernácula. E finalmente incluiu o prefácio do livro Panorâmica do Conto Em Pernambuco, feito em parceria com Antonio Campos, através do qual ele deixa patente que o Nordeste é a espinha dorsal da Cultura Brasileira.
