Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade

Maria Helena, sobrinha-neta do poeta Manuel Bandeira

06 out 2010 às 08:37

Compartilhar notícia

Foto do blog de Maria Helena Bandeira -
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Foi uma alegria contatar Maria Helena Bandeira, e poder compartilhar essa alegria com vocês.

Maria Helena Bandeira, escritora de fantástico e Ficção Científica, é sobrinha-neta do poeta Manuel Bandeira, neta de seu único irmão homem, Antonio.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

Manuel Bandeira fez um pequeno poema para Helena, quando ela tinha seis anos, que está no Mafuá do Malungo.

Leia mais:

Imagem de destaque

Carmem Dell'Orefice e a magia do tempo - Crônica de Isabel Furini

Imagem de destaque

Dia da Consciência Negra - Crônica de Flavio Madalosso Vieira Neto

Imagem de destaque

Amo Joanita (Crônica de Isabel Furini)

Imagem de destaque

Ontem ganhei o dia (Crônica de Marli Boldori)

Sou a única bisneta
de meu bisavô Bandeira
que era pessoa discreta
correta, desinteresseira
e era em pessoa a bondade.
Que responsabilidade!

Publicidade

Passaram os anos e Helena, também poeta, retribuiu com um poema sensível, publicado no Blocos Online, da Leila Míccolis:

Evocação de Bandeira

Publicidade

Meu tio, Manuel.
Não o parente famoso
Que assombrou meus jantares de menina
Nem mesmo o que me deu a fábula traduzida
Com versinhos delicados para a criança que eu era
Não o sorriso dentuço, a voz anasalada
Que no disco antigo recitava
boi morto, boi morto
boi descomedido
boi espantosamente
Meu tio, Manuel
E a dedicatória em charada
Para o dicionário da menina
apaixonada por enigmas
Ama ri ah e lê
Na Bandeira
Do tio Manuel
Não o franzino parente
Que visitei já doente
Na Teresópolis distante
Não a presença da morte
Não a doença constante
Mas a eternidade plena
Que só entendi bem tarde
No Itinerário
Da Pasárgada familiar
Meu tio, Manuel
Que me legou este amor
Pela palavra juntada
Para formar outras coisas
Meu tio cinza das horas
De versos como quem morre
A memória permanece
Intacta, solta no ar
Mas é lá longe no reino
Onde o rei é nosso amigo
E Joana a Louca de Espanha
Vem a ser contraparente
que nos descobrimos juntos
ligados
Profundamente


Quando Maria Helena tinha uns onze anos, o tio Manuel deu-lhe um livro de charadas ( ela adora enigmas) e escreveu uma dedicatória no estilo:

Publicidade

Ama ri ah e lê na bandeira do tio Manuel.

E para a mãe de Helena, a pedido dela, escreveu esta dedicatória em versos para um prato de pão de madeira holandês que fora da sua bisavó e tinha um trecho do Padre nosso em francês: "donne nous notre pain quotidien"

Helena chegou a visitá-lo com seus pais em Teresópolis onde Bandeira tinha uma casa simples - gostava muito da serra, morou muito tempo em Petrópolis. Helena esteve no seu apartamento que dava para o aterro ( nessa época ele presenteou-a com alguns livros, inclusive livros de Dotoievski, os primeiros que Helena leu desse autor russo. Ela lembra que eram de uma coleção encadernada. As capas eram vermelhas.

Maria Helena Bandeira tem lembranças preciosas de seu grandioso ancestral, Manuel Bandeira e se você quiser conhecer os trabalhos de Maria Helena pode acessar o blog: http://www.ovoazulturquesa.blogspot.com


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo