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Sarau do lançamento do e-book Melhores poemas 2021

Isabel Furini (Folha de Londrina)
14 dez 2021 às 18:28
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O Projeto Poetizar e o Mundo e a Academia Virtual Internacional de Poesia Arte e Filosofia realizaram um Sarau para lançar o e-book "Melhores poemas 2021", em 11 de dezembro.

Participaram: Isabel Furini, Elciana Goedert, Daniel Mauricio, Katia Sentinaro, Maria Antonieta Gonzaga Teixeira, Sonia Cardoso, Rita Delamaro, Sheina Lee, Divani Medeiros e Maria Teresa Freire.

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Poemas de Elciana Goedert:
Poema que ela escreveu em homenagem ao seu "irmão caminhoneiro".

IRMÃO CAMINHONEIRO
Lá vai ele pela estrada
Segue firme na missão
Dias árduos de jornada
Dormindo no caminhão

Vai tranquilo nas retas
Apreciando a paisagem
Essas são as prediletas
As bençãos da viagem

Com firmeza no volante
Atento em vias sinuosas
Prevê o que vem adiante
Nas curvas mais perigosas

Sobe a serra lentamente
Pois a carga lhe segura
É um motorista prudente
Proteger o outro é bravura

Segura o freio na ladeira
Não se arrisca na banguela
Sabe que se der bobeira
A ação trará uma sequela

Assim sentado na cabine
Já conheceu o seu país
Roga a Deus que o ilumine
Na vida que sempre quis

Um dia roda aqui perto
Noutro longe pra dedéu
Seu destino é tão incerto
Mas dirigir é seu troféu

Em dias de dificuldade
Deixa a família pra viajar
Enfrenta o vírus e a saudade
O Brasil não pode parar!

Elciana Goedert (Ciça)

DÁDIVAS

Não há maior virtude
Do que se ter gratidão
Esta é nobre atitude
Essencial na formação

Um indivíduo ingrato
Sempre magoará alguém
Reclama, “cospe no prato”
Olha pra vida com desdém

De amanhecer a amanhecer
Demos graças ao que temos:
Vida, saúde, e o que obtemos

Pois de tudo o que recebemos
Sempre há o que se agradecer
E ao outro, ainda posso oferecer!

Elciana Goedert (Ciça)

**

NOSSAS MÃOS

Leia mais:

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Dia dos povos indígenas

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Ódio - Miniconto de Araceli Otamendi

Katia Sentinaro

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Hoje não pedi ao anjo coisa alguma,
Como uma vez, comigo, sei que aconteceu.
Não desejei nem pressenti a morte num segundo,
Mas mesmo assim surgiu e trouxe, de novo, o breu.
 
Ao segurar firme minha mão na sua,
Queria garantir a vida dela em mim
Prometi, pensando ser possível tal proeza,
Mas tal poder pertence a Deus, no início e fim.
 
Ao segurar firme sua mão na minha
Queria, antes ter (não dar) mais segurança,
Mas um papel trocado a vida desalinha
E eu virei mãe da minha mãe criança.
 
GATO NA ESCOLA? 

Katia Sentinaro

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Enigma sem equação,
A frase sempre incompleta,
Miados em ebulição,
Um felino em descoberta.
 
Da letra “g”, do abecedário,
Ao pelo do microscópio.
O leite, é  quem derrama no armário,
Um  personagem de Pinóquio
 
Animal, na biologia,
Curioso substantivo concreto.
É o gato da cartilha,
Não consegue ser discreto.

Poemas de Daniel Maurício:

Poética 1 
E o brilho
Que ela tinha nos olhos
Tinha nome.
Pena,
Que não era o meu.

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Poética 2
Por ti
Me despi de todas as folhas
Que me cobriam.
Revelei minha alma.
Perdoado pelo amor
Me vesti de flor
Só para perfumar
Os teus lençóis sagrados.

Daniel Mauricio

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Poética 3


Solidão
É quando
Só as batidas das horas
Respondem ao silêncio.

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Daniel Mauricio


Poética 4

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Nas luzes de Manhattan
Embriagam-se meus olhos.
Ao som de uma música azul,
Bebo as estrelas
Numa taça borbulhante.
A ausência de um amor
Com letras maiúsculas,
Arde o meu peito.
E pelas ruas noite a dentro,
Sedento,
Tão cioso me reinvento.

Daniel Mauricio
*

Poemas de Rita Delamari:

TRAÇOS DE HELENA


Um talento, desabrochava,
tamanha a sensibilidade,
cristalino, no poema A lágrima
que a doce Helena publicava.

Paisagem Interior, ao seu pai.
No piano, o seu universo!
Perceptível a vivacidade,
ao ensaiar os seus versos.

Com seu amor pela leitura,
lecionar, vontade incontida.
Qual um anjo de candura,
o sorriso da mestra querida!

Arauta, de uma síntese poética,
seu traço no Haicai ela deixou,
poemas de tanta beleza estética!
No Brasil, a senda desbravou.

Com firmeza e muita maestria,
a delicadeza de um colibri,
brilha cá, uma estrela e sua poesia:
Do Paraná, a nossa Helena Kolody!

Rita Delamari

A BAILARINA

Um dia, ela pensou:
– Quero ser uma bailarina!
O palco ainda não conquistou,
era um sonho de menina!
Cresceu e seu sonho realizou.
Então, chegou o grande dia!
O teatro lotado, energia
exalava...
Ao som de suave piano
bailava...
Sua roupa, tão alva,
brilhava...
No contraste com as luzes,
O brilho dos diamantes,
na tiara que à cabeça trazia,
e bailava e sorria...
E no final do espetáculo,
flores ela recebia...
Quando os olhos ela abriu,
uma janela ela viu.
Então, percebeu que, em seu quarto,
acordou...
Era um sonho de uma bailarina,
que no espetáculo não estreou...
Apenas sonhou...
Ser uma grande bailarina,
sonhou!

Rita Delamari


*
Poemas de Sonia Cardoso: Saudação Homenagem a Regina Bustolim
 Regina que queria
Ser rainha da praça,
Do povo, do poema
Tua generosa e colorida
Figura,permeia o
Lúdico sonho em que
Te vi pelos pingos
Da chuva, cabeça colorida
Óculos,gueixa de requixá
Percorrendo o espaço
Da poesia na praça
 Do povo, não o santo
Certamente não te
Enjeitou,ele entende
De palavras performáticas.

Sonia Cardoso.


O vento
Os sopros são de desistência,
tempo de parar, cansaço
Extremo, vendaval
De desesperança
Morte dos pares
Doenças, sequelas
Sem doce, sem sal
Nem leituras noturnas
Passos errantes, olhos lagrimejantes.

Sonia Cardoso.
*

Poemas de Maria Antonieta Gonzaga Teixeira:

O Sabor do Encanto

À sombra do manacá da serra
O brilho da lua cheia
Entra pela clareira dos galhos
Das folhas e das flores
Com o sabor do encanto
Ilumina minha mente
E meu coração.

Debaixo do manacá da serra
Sonho com as juras de amor eterno
E das carícias de teus beijos.
Em devaneio
Divago…
Atolada de ternura
De amor e de paixão.

Sonho com tuas mãos suaves
Que acariciam meu corpo
Levando – me às nuvens de desejos
Desejos de estar contigo
Desejos de entrar no mar
Ambição de alcançar as nuvens
Nuvens densas de bem-querer
Com o sabor de sedução
Sedução do desejo ardente
Do desejo de Gratidão!!

Maria Antonieta Gonzaga Teixeira – Acadêmica da AVIPAF  Cadeira 10.
Castro-Paraná-Brasil.
*

Destino

Vida é ponte cujo final não se vê.
A beleza está na travessia
daquelas pequenas alamedas
que não estavam no mapa
quando se planejou a viagem.

Não é preciso ter certeza do destino.
Viva a vida e vida plena de alegria,
não perca as oportunidades:
mais ação e menos preocupação.

A vida só tem sentido quando
solidária com todas as pessoas.
Absolutamente todas. Isso cria
conexões com pessoas felizes,
gerando novas visões de mundo
com histórias e novos sorrisos.

A vida traz felicidade,
a criatividade inventa,
o coração dá o caminho
e a vontade conquista.

Maria Antonieta Gonzaga Teixeira.
Acadêmica da AVIPAF     Cadeira  10.

*
Poema de Isabel Furini


PREFERÊNCIAS

preferem
o abismo
e o céu opaco
esses poetas
loucos
que misturam
o espanto
com seus versos
mancos

poetas
sempre agitados
por virulentas paixões
e machucados
pelo açoite da sol


Isabel Furini - Acadêmica da AVIPAF- Cadeira 1


*


Poema de Divani Medeiros
 
O dia amanhece,
 o sol nasce sorrindo
contempla a natureza com rara beleza
As flores acordam,  para perfumar e encantar,
encontram as abelhas colhendo o néctar
para o mel fabricar.
 
O dia amanhece, borboletas bailam, rodopiam no ar,
 e pousam nas flores para descansar
 Pássaros cantam,  e voam com atenção,
 pousam no ninho e protegem os filhotes das garras do  gavião.
 A lua nasce,  ilumina a noite fria, que arrepia
 Clareia a areia do mar, anima os casais a namorar
 As estrelas, com um brilho que reluz,
 deixam a vida leve, calma e com luz
 O dia amanhece, a chuva cai com pingos fortes
 que molham as plantas que da terra se levantam.
 O arco-íris aparece no céu, prende a atenção das crianças,
 deixando alegria e esperança
 A importância do dia, no universo,
 é percebida com amor,
 na essência da vida e o mistério do criador.
 

*

Poema de Maria Teresa Freire


Manhã quieta
Solvência no ar
Mesmo na rua vazia
Ambiente fechado
Son Internos
Conversas, risos
Músicas, ecos
Vida entre paredes
Que não se arrefect
Que luta
Na constância do
Desejo de
Soltar-se liberar-se
Voar nos espaços
Que abertos
Aguardam sua
Efervescência
Sua palpitação, sua ânsia
de ser vivida!


Poema de Sheina Lee

(en español)

Si algún tú me amaras

Sheina Lee


Si algún día tú me amaras,

me volvería poesía,

primavera enmorada,

con rosas y golondrinas;


agua fresca en la cascada

cuando la luna titila,

mientras escucha a tu alma,

que está soñando ser mía,


en cada noche callada ,

angeles que nos espían,

vestidos de remembranzas,

haste ver llegar el día…


Si algún día tú me amaras,

regresaría la dicha,

sin decir una palabra,

al mirame en tus pupilas.


esas que yacen calmadas,

y con dulzura me miran,

recostadas en la almohada,

mientras mi boca suspira,


de pronto la madrugada,

sobre nosotros respira,

comprendió cuanto me amas,

y va llegando tranquila,


roza firme a la ventana,

en nuestros cuerpos se inspira;

Cupido le dio su magia,

y a nosotros, más poesía.

**


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