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Desmatamento na Mata Atlântica cresce 9%

03 jun 2014 às 08:28
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Entre 2012 e 2013, a Mata Atlântica perdeu 23,9 mil hectares de floresta, um aumento de 9%, comparado com o período anterior (2011 e 2012), quando foram registrados 21.9 mil hectares de desmate. É a maior perda de cobertura florestal desde 2008. Os dados, divulgados na manhã desta terça-feira (27), fazem parte da 9ª edição do Atlas de Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, feito pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Minas Gerais se manteve como o estado que mais desmata Mata Atlântica, com 8.437 ha de áreas destruídas. É o quinto ano consecutivo que o estado se mantém na liderança do ranking dos que mais desmatam. Junto com Piauí (6.633 ha), Bahia (4.777 ha) e Paraná (2.126 ha), os 4 estados destruíram, sozinhos, mais de 90% do total do desmatamento verificado no período, o equivalente a 21,9 mil hectares.

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O desmatamento no estado poderia ter sido pior. Desde junho do ano passado, o estado sofre com uma moratória, que impede a concessão de licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa do bioma. A ação do governo de Minas foi realizada após pedido da SOS Mata Atlântica e deu certo. Mesmo liderando a lista, o estado apresentou redução de 22% na taxa de desmatamento, que ao período de 2011-2012.

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"Consideradas as médias mensais de desmatamento em Minas, tivemos uma redução de 64% no ritmo dos desfloramentos após o anúncio da moratória, que passou de 960 ha para 344 ha por mês. A resposta do governo foi positiva, mas os índices ainda são os maiores do país e há muito trabalho a ser feito, não só para conter o desmatamento, mas para restaurar e recuperar essa floresta", afirmou Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do Atlas pela organização.

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Redução aparente


São Paulo e Rio de Janeiro aparecem bem no Atlas, com redução de 51% e 72% do desmatamento, comparado com o período anterior. Para Flávio Jorge Ponzoni, do Inpe, esses números podem esconder o efeito puxadinho da nova dinâmica de desmatamento dos 2 estados. Como não sobrou muita floresta para desmatar, as novas áreas incorporadas são pequenas, menores que 3 hectares, e portanto ficam fora da vista dos satélites.

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"O Estado já não tem muita mata para ser derrubada. Mas resta esse desmatamento da expansão urbana que não aparece nas estatísticas e é muito perigoso", afirma Márcia Hirota.


A Mata Atlântica se distribuí ao longo da costa do país, atingindo áreas de 17 estados. Em 28 anos, perdeu cerca de 1.850 mil hectares, o equivalente à área de 12 cidades de São Paulo. Nessa extensa área, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 ha e vivem atualmente mais de 69% da população brasileira.

Fonte: www.oeco.org.br


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