O Ministério do Meio Ambiente lançará este mês os dois primeiros editais para criação de acordos setoriais com orientações estratégicas para a implementação da logística reversa de lâmpadas fluorescentes e de embalagens e resíduos de óleos lubrificantes. Previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos, os acordos setoriais criam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, envolvendo desde o fabricante até o consumidor, passando pelo poder público, comerciantes e distribuidores a tarefa de dar a destinação correta para o resíduo.
O anúncio foi feito em Recife, na semana passada, pelo diretor de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério, na abertura a 4ª Audiência Pública do Plano Nacional de Resíduos Sólidos da Região Nordeste. Silvério também informou que até o final do ano deverá ser publicado o edital do acordo setorial de embalagens em geral, que abrange o maior volume de resíduos. O Brasil gasta R$ 8 bilhões por ano por não reciclar, que é o valor para resolver o questão do manejo adequado do resíduos sólidos, disse Silvério.
No ano passado, 35% do óleo lubrificante comercializado no Brasil foi coletado, em uma das primeiras iniciativas de logística reversa. Já no caso das lâmpadas, são comercializadas cerca de 200 milhões de lâmpadas por ano. Descartados no lixo comum, os resíduos das lâmpadas podem contaminar solo e água. Com o acordo setorial, espera-se que todo produto que chegue ao consumidor volte para o fabricante para destinação correta após o uso.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina os cinco grupos de resíduos que terão acordos setoriais: pilhas e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; e produtos eletrônicos e seus componentes.
Fonte: MMA