Em período de crise, onde a tendência é a valorização de ativos reais, o imóvel volta a ser opção de investimento. Com isso, a tendência do mercado é a recuperação no preço do imóvel, que acumula uma defasagem de 25% nos últimos cinco anos, avalia Normando Antonio Baú, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-PR).
Essa recuperação começa a ser acelerada pelo fechamento de linhas de crédito que financiavam imóveis pela classe média. A Caixa Econômica Federal fechou recentemente a principal linha de crédito para a classe média e os bancos privados não financiam imóveis, desde o ano passado.
Com isso, o setor produtivo de imóveis se retraiu e as construtoras estão trabalhando como podem. Algumas com recursos próprios e outras com financiamentos remanescentes. Para Antonio Baú, essa desaceleração na produção vai provocar o desaparecimento do imóvel novo em pouco tempo. "Com a lei da oferta e procura, a tendência do imóvel é de valorização", resume.
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Por outro lado, a falta de alternativas em investimentos leva o investidor a procurar "bens de raiz", que é o imóvel. Antonio Baú defende que o investimento em imóvel é o mais seguro porque não apresenta grandes oscilações de preços, mesmo em período de crise de demanda. "Não é o que está acontecendo agora. A demanda por imóveis está aquecendo", salienta. Ele destaca os investimentos em imóveis comerciais de alto padrão, que estão faltando no mercado.
Para Renato Volpi Júnior, da Volpi Júnior Engenharia, empresa que faz pesquisa em imóveis, diz que a demanda atual é pelo imóvel popular cujo preço varia entre R$ 40 mil e R$ 50 mil. Imóveis de alto luxo têm demanda, conforme a localização, avalia. Conforme acompanhamento da empresa, a velocidade de vendas dos imóveis está em 8% sobre os estoques, que indica um aquecimento do setor.
Investidores que não querem ter problemas com inquilinos começam a ver o mercado de flats (pequenos apartamentos com o conceito de hotel) e lofts (construções com pé direito alto, com poucas divisões internas) como boas opções. Quem investe na compra de flats, pode ter renda mensal de até 1,2% sobre o valor investido e os lofts, é a "onda do momento", avalia Volpi Júnior.