CÂMBIO
O dólar comercial fechou em queda de 0,93% em relação a sessão de ontem, cotado a R$ 2,860 para compra e a R$ 2,865 para venda. O diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, divulgou através de comunicado, uma série de medidas no mercado de câmbio (ver notícia 11:42hs). A intenção, via intervenções, é de tentar frear a valorização da moeda norte-americana frente ao Real, dando liquidez ao sistema. Figueiredo também adiantou que pode utilizar outros instrumentos, caso seja necessário.
A moeda norte-americana abriu em alta e atingiu R$ 2,940, o clima era de nervosismo pelo anúncio da S&P, que cortou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de "BB-" para "B+" (quatro notas abaixo do grau de investimento) e o rating da dívida local de "BB+" para "BB". O alivio veio através do BC, divulgando a política de intervenções. Em julho, o total da intervenção pode chegar a US$ 1,5 bilhão.
JUROS
O mercado de futuro de DI, com vencimento em janeiro de 2003, encerrou em 23,80% ao ano, contra 24,45% no fechamento de ontem. Assim como o câmbio, o juro seguiu a volatidade na medida que os fatos eram divulgados. Começou estressado com o rebaixamento da dívida brasileira por uma empresa de classificação de risco (Standard & Poor's) e tranquilizou com a divulgação do BC. O mercado pedia e o BC atendeu, vai voltar a atuar no mercado de câmbio.
RENDA VARIÁVEL
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou o pregão em queda de 1,94%, com 10.635 pontos e volume financeiro de R$ 455 milhões.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's reduziu na terça-feira os ratings da dívida soberana do Brasil, citando pressões decorrentes do crescimento da dívida pública sobre a situação fiscal do país, em meio ao cenário das eleições presidenciais de outubro.O S&P cortou o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de "BB-" para "B+" (quatro notas abaixo do grau de investimento) e o rating da dívida local de "BB+" para "BB".
Nem mesmo a atuação do BC no câmbio ajudou a melhorar o humor dos investidores. A principal dúvida é com relação ao quadro eleitoral. Esta dúvida só vai ser esclarecida com novas pesquisas eleitorais, a ascensão de Ciro Gomes (PPS) contra um decréscimo do candidato do governo Ciro Gomes (PSDB), é o maior temor do mercado no momento.
As bolsas americanas reagiram as últimas quedas. Em Nova York, o índice Dow Jones valorizou 0.,52%, contabilizando 9.055 pontos. Na Bolsa Eletrônica, o índice NASDAQ subiu 1,65%, encerrando a 1.380,17 pontos.