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Denúncia

Estado investiga suposto desvio de recursos do Banco da Terra

Chiara Papali - Folha de Londrina
22 abr 2003 às 08:01

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A secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) vai investigar a denúncia de um possível desvio de recursos federais do antigo programa Banco da Terra em um dos financiamentos feitos em Centenário do Sul (91 km ao norte de Londrina).

A denúncia partiu de um dos próprios beneficiados pelo financiamento. De acordo com a denúncia, há uma diferença de cerca de R$ 84,9 mil no valor que foi pago por três áreas de terra (total de 309 hectares) e o valor que consta na escritura de venda das terras.

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Segundo o diretor do departamento de desenvolvimento agropecuário da Seab, Carlos Roberto Bittencourt, já foi nomeada uma comissão de sindicância para investigar a denúncia e nos próximos dias o trabalho deverá ser iniciado.

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O prazo para conclusão da sindicância, segundo Bittencourt, é de 30 a 60 dias. ''Há indícios de irregularidade'', afirmou.

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Em setembro de 2001 o Banco da Terra liberou R$ 1.050 milhão para as 35 famílias que compõem a Associação de Produtores Rurais Santo Expedito para a compra das terras.


Cada família financiou R$ 30 mil, teto máximo liberado pelo banco. O valor, segundo um dos beneficiários, Jonas Zaramelo Pinheiro, e segundo o contrato, deveria ser suficiente para pagar as fazendas, cerca de R$ 369 mil por duas áreas de um só proprietário, e cerca de R$ 595 mil para outro proprietário, cobrir custos cartoriais e ainda cobrir parte dos custos de infra-estrutura básica (casas de alvenaria).

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Pinheiro explicou que antes do negócio ser fechado, a associação foi informada que o preço da terra havia aumentado. Uma reunião entre os beneficiários, segundo a presidente da Associação de Produtores Arrendatários de Centenário do Sul (Aparc), Ivone de Fátima Silva, decidiu que o valor a ser pago seria o total do financiamento, máximo de que dispunham, divididos em R$ 420 mil e R$ 630 mil, de modo que não ''sobraria'' dinheiro para os custos cartoriais e a infra-estrutura.


Pinheiro passou, então, a questionar o porquê de nas escrituras constarem os valores mais baixos combinados anteriormente. ''Se eu vou pagar esse financiamento, quero que esteja tudo correto'', afirmou.

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Para Ivone ''não houve irregularidade ou desvio''. Ela acredita que o valor da escritura é menor, porque é o mesmo valor que está no projeto, e ''não haveria tempo de mudar o projeto''. Ela ajudou a organizar a associação Santo Expedito.


O presidente da Associação Santo Expedito, Edilton Alves de Oliveira, disse que não tem como responder pela negociação do valor das fazendas.

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''Nessa época eu ainda não era presidente, e não fui eu quem fez a negociação'', afirmou.


O prazo de pagamento do financimento é de 20 anos e a primeira parcela vence em setembro de 2.005. A construção das casas das 35 famílias foi viabilizada com o repasse de cerca de R$ 88 mil, no final do ano passado, pelo Programa Paraná 12 meses.

O Banco da Terra era um programa federal de crédito fundiário que foi extinto no início do ano pelo atual governo.


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