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Perda com a aftosa

Exportações de carne terão prejuízo de US$230 mi este ano

Redação Bonde
02 nov 2005 às 18:46

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As exportações brasileiras de carne bovina devem fechar o ano com vendas de US$ 2,770 bilhões, de acordo com a estimativa do diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Carne, Antonio Camardelli. Em outubro já houve redução de US$ 68 milhões. O setor espera perda de mais US$ 100 milhões em novembro.

Haverá, portanto, redução de US$ 230 milhões em relação à expectativa anterior, por causa do foco de febre aftosa em rebanhos do Mato Grosso do Sul, no início de outubro, e que já determinou a suspensão de importações de carne brasileira por 49 países.

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Existe ainda possibilidade da doença também no Paraná, embora os resultados iniciais descartem esse diagnóstico. Entretanto, ainda não saíram os resultados do laudo conclusivo.

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Depois de uma reunião de cerca de duas horas no gabinete do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, da qual participaram outros representantes do setor produtivo de carne e autoridades sanitárias do governo, Camardelli disse que é necessário "agilizar ainda mais" as medidas adotadas no combate aos focos de aftosa.

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"Só assim poderemos dar maior visibilidade externa sobre a seriedade da política de controle sanitário, para o país começar a reverter o que chamou de ‘efeito dominó’", afirmou Camardelli.


Ele sugeriu que autoridades sanitárias de outros países venham ver "in loco as medidas técnicas compatíveis com a situação" adotadas pelo Brasil, para mostrar que a "febre aftosa se circunscreve a uma área pequena de um país continental".


Ele avalia que alguns países são "mais cruentos e drásticos" a respeito da barreira sanitária e a usam, inclusive, como artifício comercial. Citou como exemplo o Chile, que provocou banimento total da carne brasileira sem sustentação técnica na Organização Mundial do Comércio (OMC) e na Organização Internacional de Episootias (OIE).

O representante dos exportadores foi o único a falar com a imprensa depois da reunião.


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