O prefeito de Candói, Elias Farah, disse que está preocupado com o destino da fábrica de papel Santa Clara, localizada em seu município. A fábrica gera em torno de 200 empregos diretos e suas instalações deverão ser inundadas pelo reservatório da hidrelétrica de Santa Clara. Pelo projeto atual, a hidrelétrica vai inundar uma área de 1,6 mil hectares.
A fábrica, que faz reciclagem das aparas de papelão coletadas nas indústrias de São Paulo e de todo o Paraná, se instalou em Candói justamente pela facilidade de captar energia elétrica. A indústria construiu sua própria usina, em 1949. Tem uma capacidade de geração de energia de dois megawatts, podendo ser ampliada para cinco megawatts. Por isso não paga nada pela energia consumida.
Segundo o prefeito, a indústria tinha autorização para construção e utilização da usina hidrelétrica de ministérios responsáveis pela energia antes da criação da Aneel. Posteriormente conseguiu autorização da Aneel, através da resolução 323 de novembro de 1999. Ocorre que a agência já anunciou que a autorização era provisória até a construção de uma usina maior, que certamente vai inundar as instalações já existentes.
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Por outro lado, o prefeito disse que a construção de uma hidrelétrica maior vai gerar empregos diretos, o que deverá reduzir o número de desemprego na cidade, que já atinge 500 pessoas. Farah disse que pretende administrar esse impasse de forma a preservar os dois empreendimentos.