No Paraná já há um exemplo de metalúrgica que faliu e cujo controle foi retomado pelos antigos funcionários. No dia 1º de maio deste ano nasceu a IMP, em Curitiba, gerenciada por 34 empregados da metalúrgica Líder, fechada em 30 de junho do ano passado. Depois de assumir a administração da empresa, os funcionários conseguiram aumentar o número de clientes e de produção.
O gerente administrativo da IMP, Pedro Ferreira de Albuquerque, disse que os funcionários conseguiram provar na Justiça que o processo de falência foi fraudado, e assim conseguiram o direito de controlar a massa falida e arrendar os equipamentos e instalações da Líder. ''Foi muito difícil no começo, porque o nome estava sujo na praça e não conseguíamos crédito'', afirmou.
Segundo o gerente, os funcionários, que se tornaram empresários, se uniram e trabalharam bastante para retomar a produção, que atualmente é de 80 mil toneladas de peças por mês. ''Agora temos crédito e conseguimos mostrar que o nosso trabalho é sério'', afirmou.
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Além dos 34 sócios, foram contratadas mais 35 pessoas. De acordo com Albuquerque, a meta é ter 120 funcionários para aumentar o faturamento para R$ 600 a R$ 800 mil por mês. Atualmente, a empresa arrecada R$ 200 mil por mês. ''Não temos previsão de quando isso vai acontecer, porque dependemos muito do mercado e também precisamos fazer bastante investimento'', relatou.
A IMP tem uma área de 14 mil metros quadrados e atualmente possui 150 clientes em todo o Brasil. A metalúrgica produz principalmente peças para ferrovias. Segundo Albuquerque, o apoio dos clientes foi fundamental para a continuidada da fábrica. ''Ainda temos muito o que fazer, mas estamos trabalhando, ao contrário de outros que ficam só se lamentando'', afirmou. Ele disse que hoje a empresa tem uma saúde financeira boa e oferece vários benefícios aos funcionários, como adiantamento de salário, vale-alimentação e cesta básica.