Os funcionários da Companhia Paranaense de Energia (Copel) querem ter a oportunidade de participar da privatização da empresa, que está prevista para ocorrer em outubro deste ano. O pedido para que o governo destine parte das ações para os empregados foi apresentado pela Associação dos Profissionais da Copel à governadora em exercício Emília Belinati. A solicitação foi encaminhada para o secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho, para que seja analisada.
O governo ainda não tem posição sobre a viabilidade ou não de conceder o benefício aos funcionários. "É necessário consultar outros processos de desestatização para saber se a proposição é possível", afirmou Emília Belinati, pela assessoria de imprensa do Palácio Iguaçu.
Reservar um determinado percentual de ações a funcionários tem sido uma prática comum nos leilões de privatização. Experiências anteriores no Estado indicam também que o pedido tem chances de ser aceito. Quando houve a privatização do Banestado, em 17 de outubro do ano passado, os funcionários tiveram direito de comprar 10% do controle acionário.
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Assim como ocorreu no banco, os trabalhadores da Copel têm interesse em comprar até 10% das ações que irão a leilão. O procedimento nesses casos obriga o governo a inserir uma cláusula no edital de privatização, que será publicado em 31 de agosto. Reunidos em Clubes de Investimento, eles teriam de comprar os papéis num prazo máximo de um mês após o leilão de privatização.
A organização dos fundos já está sendo estudada. O presidente da Associação dos Profissionais da Copel, Edilson Bertoldo, disse que já estão sendo feitas reuniões com os funcionários para esclarecer como se dá o procedimento legal. "Estamos avaliando o nível de interesse e orientando as pessoas a se cadastrarem", informou Bertoldo, que esteve na reunião com a governadora em exercício.