O governo do Estado inaugurou a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Foz do Chopim, localizada em Cruzeiro do Iguaçu (74 quilômetros ao norte de Francisco Beltrão). A usina tem potencial para gerar 29 megawatts (MW) de energia, quantidade suficiente para abastecer uma cidade com 100 mil habitantes. A hidrelétrica foi feita em sociedade pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) com 35,7% e pela DM Planejamento e Participações com 64,5%.
A inauguração ocorreu em clima de festa e teve tom de comício político, com direito a uma churrascada patrocinada para mais de 200 pessoas. O governador Jaime Lerner (PFL) aproveitou o discurso para fazer críticas aos adversários, os quais tachou de "raivosos". Foi Lerner quem acionou os comandos para dar início às operações da hidrelétrica.
A PCH, que se caracteriza por usinas com potencial inferir a 30 MW, foi construída para aproveitar parte da antiga instalação da hidrelétrica Julio de Mesquita Filho. Essa usina havia sido alagada pelo reservatório da usina de Salto Caxias, em 1998. Foram aproveitados a barragem, o vertedouro e os canais para tomada de água.
Leia mais:
Prazo para adesão ao Profis 2024 entra na reta final; contribuintes podem obter descontos de até 70%
Hora trabalhada de pessoa branca vale 67,7% mais que a de negros
Londrina e Maringá se unem para fortalecer Tecnologia da Informação e Comunicação
Mercado de trabalho em 2025: saiba o que será exigido de empresas e profissionais
O investimento na nova hidrelétrica foi de R$ 40 milhões. A Foz do Chopim Energética - empresa constituída entre Copel e DM para fazer a obra - espera ter um retorno do investimento a partir de cinco anos de funcionamento, com amortização programada para 30 anos.
"É um investimento extremamente lucrativo, porque o preço da energia comercializada está alto", afirmou o presidente da Copel e secretário da Fazenda, Ingo Hubert. O megawatt no mercado atacadista de energia estava em torno de R$ 300 nas últimas semanas, mas chegou a R$ 600, no Sudeste, quando estourou a crise energética nacional.
Hubert disse que se não houvesse a parceria com a iniciativa privada, a Copel teria de bancar sozinha os R$ 49 milhões, justificando uma ação judicial que tramita na Justiça e questiona a sociedade com da Copel com a DM. "O desembolso da Copel foi em torno de R$ 4 milhões, pois entramos na sociedade com as instalações que possuíamos", afirmou o presidente da Copel.