As indústrias paranaenses fecharam o ano de 2000 comemorando o resultado das vendas para o comércio varejista. Segundo a pesquisa Análise Conjuntural da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), elas tiveram crescimento de 9% nas vendas sobre o ano de 1999, enquanto a economia nacional cresceu 4%. O setor que teve o melhor desempenho foi o de material de transporte que quase dobrou o volume de produção e comercialização. Setores mais tradicionais como o de couros e similares, no entanto, tiveram queda de 23%.
Os números positivos para 11 dos 19 setores pesquisados foram reflexo direto do aquecimento da economia no ano passado. "Os gêneros que cresceram em vendas têm seu desempenho influenciado pela disponibilidade de crédito e de restauração de mecanismos de financiamento", afirmou o presidente da Fiep, José Carlos Gomes Carvalho.
Ele ressaltou que falta ainda ocorrer uma nacionalização mais rápida das montadoras para que elas passem a consumir mais componentes produzidos no País. "A nacionalização das novas montadoras ainda não é suficiente para estender todo o potencial de desempenho às metalúrgicas fornecedoras de peças", disse. O setor de metalurgia fechou o ano com queda de 5% nas vendas, contrariando o crescimento do setor de transporte.
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As indústrias de minerais não metálicos e de material elétrico e comunicações fecharam com crescimento em torno de 14%. As indústrias de papel e editoração gráfica fecharam com queda respectiva de 15,7% e 7,8%. As empresas que beneficiam madeira também tiveram redução de 7% nas vendas.
Quanto à geração de emprego em 2000, o setor que mais empregou foi o de material de transporte. Mas nem todos os setores que mais venderam foram os que mais admitiram mão-de-obra. A indústria têxtil vendeu 0,16% menos em relação a 99. Em compensação foi a segunda que mais contratou com aumento de 6,55% no quadro de pessoal.
Leia mais em reportagem de Carmem Murara, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira