Trabalhadores das montadoras Volkswagem/Audi e a Chrysler, localizadas na Região Metropolitana de Curitiba, estão temendo uma onda de demissões nas empresas. A produção de carros na Volks/Audi, em São José dos Pinhais, caiu de 500 unidades por dia no final do ano passado, para 420 carros por dia atualmente. A queda nas vendas vem ocorrendo em função de dificuldades de escoar a produção no mercado interno. A direção da empresa não se manifestou e não confirma as demissões.
Com isso, cresce o temor de que os contratos temporários, firmados com os trabalhadores há seis meses, não serão renovados. Os contratos de 350 funcionários começam a vencer no final de fevereiro. Os trabalhadores ligados à Comissão de Fábrica da Volks/Audi terão uma reunião com a direção da empresa nesta quinta-feira para que a situação seja esclarecida.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, o clima entre os trabalhadores da Audi é péssimo. Eles estão sobrecarregados principalmente na linha de montagem onde o trabalho chega a ser excessivo, disse o diretor do sindicato Nuncio Manalla. O excesso de trabalho pode ser comprovado com o número de horas extras, confirmou o representante da Comissão de Fábrica, Jamil D"Avila.
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Na reunião desta quinta, D"Avila quer saber como pode haver demissões se tem excesso de trabalho na fábrica. Além disso, o banco de horas implantado em maio do ano passado foi aceito pela direção do sindicato em troca da garantia do emprego. Dessa forma, a implantação do banco de horas não será mais renovado na próxima convenção coletiva de trabalho, adiantou o sindicalista.
Na Chrysler, em Campo Largo, a situação é mais alarmante, informou Manalla. Cerca de 400 empregados estão no banco de horas e a empresa está parada há vários meses. A produção da caminhonete Dakota teria sido suspensa por falta de competitividade no mercado e os trabalhadores estão ansiosos porque não sabem o que irá acontecer. Manalla está indignado porque a direção da empresa não atende ao Sindicato dos Metalúrgicos.
Leia mais em reportagem de Vânia Casado, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quinta-feira