O número de empregados com carteira assinada ficou em 32,729 milhões de pessoas no trimestre móvel até abril, queda de 1,7% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior. Em relação a igual trimestre de 2017, a queda também foi de 1,7%, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, o contingente de empregados com carteira assinada no setor privado está com sinal negativo desde 2014. Para o pesquisador, a esperada recuperação do emprego formal em abril não veio. "Temos uma continuidade da precarização do mercado de trabalho", afirmou Azeredo.
O pesquisador do IBGE chamou atenção para o fato de a população ocupada, que somou 90,7 milhões de pessoas, ter caído 1,1% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior (encerrado em janeiro). Em um trimestre, "quase 1 milhão" (969 mil) de pessoas perderam o emprego, embora, na comparação anual, tenha havido um crescimento de 1,7%.
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Segundo Azeredo, o problema foi que os trabalhadores contratados temporariamente no fim do ano não foram efetivados. "Há uma falta de força do mercado de trabalho em estimular a contratação", afirmou Azeredo.
Em um ano, enquanto cai em 1,7% o número de trabalhadores com carteira, o contingente de trabalhadores por conta própria cresceu 3,4%, com 747 mil pessoas a mais nessa condição. Já o contingente de trabalhadores sem carteira assinada avançou 6,3% em um ano, com 647 mil pessoas a mais em relação ao trimestre móvel até abril de 2017.