Com valor médio de R$ 694,93, recorde na história do programa de transferência de renda do Governo Federal para o Paraná, 590 mil famílias do estado começam a receber nesta segunda, 20, o repasse do novo Bolsa Família.
Ao todo, R$ 402,8 milhões serão revertidos às famílias paranaenses contempladas em 399 municípios.
Curitiba é o município com maior número de beneficiários. São 57.910 famílias, que recebem um valor médio de R$ 671, a partir de um investimento de R$ 38,8 milhões na capital paranaense.
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Outros cinco municípios do estado somam mais de 14 mil beneficiários: Londrina (28.350), Foz do Iguaçu (21.840), Ponta Grossa (16.237), São José dos Pinhais (16.193) e Colombo (14.834).
Em sua nova versão, o Bolsa Família assegura o repasse mínimo de R$ 600 e traz como principal novidade o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 a cada criança entre 0 e 6 anos na composição familiar.
São 8,9 milhões de meninos e meninas nessa faixa etária em todo o país, e um investimento de R$ 1,3 bilhão do Governo Federal.
No Paraná, são 317.420 crianças dessa faixa etária no programa. A dona de casa Ana Cláudia das Neves, de 48 anos, se enquadra nesse grupo. Ela tem de fazer malabarismo para administrar o orçamento e sustentar os quatro filhos que vivem com ela e o marido numa casa simples na periferia de Foz do Iguaçu (Oeste).
A principal fonte de renda da família é um benefício do INSS destinado a um filho com transtornos mentais e o dinheiro do Bolsa Família que priorizam para duas filhas, de um e quatro anos de idade. As pequenas, adotadas de uma sobrinha dependente química, exigem cuidados médicos. A mais velha nasceu prematura de sete meses, é autista e não fala. A bebê tem bronquiolite.
Para cuidar de todos, o orçamento não fecha. Sempre fica um débito de R$ 200, R$ 300 na farmácia. A perspectiva de ter mais R$ 300 no orçamento familiar já a autoriza a fazer planos de não mais ficar devendo à farmácia e de comprar outros itens que as crianças precisam.
“Vai ajudar muito porque sei que não vou mais dormir preocupada sem saber o que fazer para pagar a farmácia ou comprar uma coisa que as meninas pedem. O Bolsa Família para mim significa isso”, disse.
A prioridade é cuidar das crianças. Se sobrar algum dinheiro, ela diz, a ideia é melhorar a alimentação comprando uma “misturinha”.
A base de dados do Bolsa Família em março registra, ainda, que 17,2 milhões das famílias beneficiárias de todo o país têm como responsável uma mulher: 81,2%. No Paraná, são 492 mil das famílias contempladas, ou 83,5% do total, um pouco acima da média nacional.
O primeiro mês do calendário de pagamentos do novo Bolsa Família estabelece dois marcos inéditos na história dos programas de transferência de renda do Governo Federal.
Um total de 21,1 milhões de famílias receberá um valor médio de R$ 670,33, o maior já registrado. Além disso, os mais de R$ 14 bilhões de investimento representam o recorde mensal do programa.
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