De acordo com pesquisa feita pelo Instituto Qualibest e Spark, 76% dos entrevistados já consumiram serviços ou produtos após receberem indicações de influenciadores digitais. Esse índice chega a 82% entre aqueles que prestam atenção em publicidade paga. O levantamento é importante porque desmistifica o fato dos consumidores
terem desconfiança de indicações feitas por celebridades na internet.
Se, antes, era incomum ver pessoas comuns com milhares ou milhões de seguidores, hoje as estatísticas mostram que a disputa é acirrada e que existem muitos influenciadores digitais, que se dividem entre micro e macroinfluenciadores. Só no Brasil, de acordo com a plataforma de vídeo YouTube, há mais de 800 canais, com mais
de 1 milhão de inscritos no país.
Segundo o estudo, as redes sociais mais utilizadas entre os internautas para seguir influenciadores são o Instagram e o YouTube, que, juntas, representam 81% da preferência, seguidos pelo Facebook, com 49%. A soma total ultrapassa os 100%, porque os entrevistados poderiam listar mais de uma rede social.
Leia mais:
Quarta parcela do IPVA 2024 para placas com final 3 e 4 vence nesta quinta-feira
Inteligência artificial será uma nova espécie digital, diz chefe da Microsoft AI
Carro a álcool vai voltar ao mercado e terá opções híbridas
Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos
Nesse cenário de pulverização de discursos, uma estratégia adotada por parte das agências de marketing digital é investir em influenciadores digitais com forte engajamento, mas com poucos milhares de seguidores - eles são mais baratos, mas falam para um público segmentado. Muitos, inclusive, passam a comprar
celular barato, mas que possui uma boa qualidade para tirar fotos e vídeos.
Especificamente sobre o Instagram, a pesquisa descobriu que mais de 40% acompanham os stories sem áudio e só aumentam o volume quando o conteúdo pode ser relevante. As mudanças promovidas pela empresa em 2019, sobretudo aquela que escondeu a contagem de likes, não influenciaram a maneira como 42% interagem com a plataforma.
Entre os produtos mais adquiridos pela indicação de influenciadores, estão: itens de beleza, com 52%; acessórios de moda, com 42%; alimentos e bebidas, com 30%; e celulares e smartphones, com 29%. O estudo foi feito com 1.100 pessoas de todos os estados do Brasil, de diversos gêneros e classes sociais, no período compreendido
entre 6 e 9 de agosto de 2019. Os pesquisados possuíam pelo menos duas redes sociais e seguiam influenciadores digitais.