Depois de ter registrado desempenho moderado em 1999 com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,3%, a economia estadual entrou em ritmo de ascensão neste ano. A previsão é de que o Estado feche 2000 com aumento de 6% no PIB contra uma variação estimada em 4% para o Brasil. O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) projeta números mais arrojados para o Paraná, com base no início da maturação dos investimentos industriais dos últimos cinco anos.
O setor metalmecânico, com ênfase para o pólo automotivo, é o que dá mais evidências de crescimento econômico. As montadoras, que exportaram apenas US$ 12 milhões no ano passado, fecharão este ano com exportação de US$ 430 milhões. O setor de automóveis já responde pelo segundo lugar na pauta de exportação paranaense, atrás apenas do complexo da soja (grão e farelo). Em terceiro lugar está o setor madereiro.
A volta do crescimento econômico no País, fruto da desvalorização cambial e da redução da taxa de juros, contribuiu para acelerar a economia paranaense. O economista do Ipardes, Gilmar Lourenço, ressalta que as empresas estão com mais facilidade para exportar e fechar negócios. "Desatamos o nó do câmbio fixo e isto reflete diretamente na exportação", afirmou.
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O Paraná contribui com 6,5% do Produto Interno Bruto Nacional, conforme resultados preliminares referentes a 99. Em relação ao ano anterior, houve um crescimento de 0,3 ponto percentual. O PIB paranaense está calculado em R$ 62,57 bilhões contra R$ 56,76 bilhões registrados em 98. Isso equivale a uma renda per capita de R$ 6.675,00.
O crescimento da economia estadual pode ser verificado ao se analisar o faturamento da indústria, consumo de energia elétrica, exportações e emprego. No caso do faturamento industrial houve um crescimento de 10,2% entre janeiro e outubro, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Já o consumo de energia cresceu 10,3%, conforme dados da Copel, no mesmo período. As exportações aumentaram 11,3%. A quarta variável, a do emprego, teve aumento de 5% entre janeiro e outubro.
O setor que amargou resultados negativos neste ano foi a agricultura, que teve queda na produção de 17%, em decorrência de fatores climáticos. Os produtos mais afetados foram milho, trigo e café.