O Porto de Paranaguá vai operar dia e noite durante o feriado da Semana Santa, já antecipando o ritmo do período forte de escoamento da safra agrícola, que acontece em abril e maio. Nesta quarta-feira, dois navios estavam sendo carregados e oito estavam ao largo. Mais três são esperados nas próximas 48 horas.
Embora ainda não tenha atingido o pico do escoamento da safra, o volume exportado de granéis sólidos já estão bem próximos aos do ano passado. Foram movimentados 2,74 milhões de toneladas de soja, farelo, milho e açúcar. O total é pouco menor (3,1%) que as 2,83 milhões de toneladas embarcadas no mesmo período de 2001, ano considerado atípico, porque o escoamento começou mais cedo que o normal.
A previsão é que o volume de embarque deste ano seja semelhante ao do ano passado, quando o porto embarcou 16 milhões de toneladas de grãos, um recorde histórico. Segundo o diretor técnico do Porto de Paranaguá, Luiz Ivan Vasconcellos, o porto está preparado para receber até 66 mil toneladas de grãos por dia.
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Em março, a média diária de recebimento chegou a 40 mil toneladas diárias. "Os baixos preços da soja no mercado internacional estão fazendo com que os produtores, capitalizados pelos bons negócios realizados na safra anterior, segurem o produto, à espera de melhores cotações", explica o diretor técnico do Porto de Paranaguá, Luiz Ivan Vasconcellos. "O movimento de mercadorias para o porto vai aumentar bastante assim que a situação do mercado ficar mais bem definida", afirmou.
Para este ano, as autoridades portuárias esperam um movimento de mercadorias semelhante ao de 2001, quando Paranaguá exportou 28,8 milhões de toneladas. Os produtos agrícolas responderam por 16 milhões das toneladas de mercadorias, um recorde na história do porto.
A previsão é de um embarque de até 6,5 milhões de toneladas de soja, um crescimento de 30% em relação às cinco milhões de toneladas embarcadas no ano passado. O farelo deve crescer 20%, de cinco milhões para seis milhões de toneladas.
O açúcar também terá um salto de 60%: de 1,5 milhões de toneladas para 2,5 milhões de toneladas. Segundo Fregonese, os embarques deste produto devem se intensificar na segunda quinzena de abril.
Todo esse crescimento na exportação de grãos deve compensar a queda nas exportações de milho, que deve cair de 4,5 milhões de toneladas, ano passado, para 2,5 milhões de toneladas este ano.