A Renault pára novamente suas atividades nesta semana na fábrica de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. A linha de montagem parou nesta segunda-feira e permanece suspensa até a próxima sexta-feira. Com isso, 750 trabalhadores cruzaram os braços novamente este mês. Nesse período devem deixar de ser montados cerca de 1.500 carros, informou a assessoria da Renault. Com a paralisação, a empresa quer evitar a elevação dos estoques, atualmente com 12 mil veículos.
O comunicado aos funcionários foi feito pela empresa na sexta-feira à tarde, com a justificativa que a empresa precisa ajustar sua produção à demanda. Esta é a segunda paralisação que a Renault anuncia desde que identificou a necessidade de reduzir a produção para um só turno de trabalho, previsto para o dia 16 de setembro. Mas no ano, já foram feitas quatro paralisações para ajustar a produção à demanda, que vem reduzindo mês a mês, disse o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Núncio Manalla.
A Renault vem recorrendo às paralisações desde que anunciou um programa de Demissão Voluntária (PDV), que não foi concretizado. A montadora recuou diante da pressão dos metalúrgicos. O sindicato quer discutir alternativas de produção, mas a empresa se nega a sentar na mesa de negociação, afirmou Manalla. Diante disso, cada dia que passa é uma vitória a ser contabilizada para o trabalhador.
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O sindicalista disse, no entanto, que o emprego dos metalúrgicos vêm sendo mantido graças ao desemprego nas empresas terceirizadas. Com a dificuldade de fazer o PDV, as empresas terceirizadas que prestam serviço à montadora demitiram pessoal e estão recorrendo aos trabalhadores da Renault para fazer o serviço, denunciou Manalla.
*Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina