O mês de agosto começa com grandes expectativas em torno da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que acontece nesta terça-feira (1) e quarta-feira (2) para definir a taxa de juros do país.
Com o intuito de conter a inflação, a Selic vem sendo mantida desde agosto de 2022 em 13,75%, mas a aposta dos especialistas é de que comece a cair a partir deste mês em razão de um ambiente econômico mais estável, puxada por indicadores que apontam deflação em vários setores. Em um cenário mais conservador, a aposta é pela redução de 0,25%, mas os mais otimistas acreditam que a queda possa chegar a 0,5%, iniciando um ciclo de cortes que até o final do ano deverá levar os juros a 12%.
Desde o início de 2023, quando assumiu a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva tem feito críticas constantes à política de juros adotada pelo BC, estendendo-as ao presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Segundo Lula, a Selic a 13,75%, uma das taxas mais altas do mundo, é hoje o principal entrave ao crescimento econômico do país porque inibe os investimentos.
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A partir desta reunião, o Copom tem entre seus diretores os dois primeiros nomes indicados pelo governo Lula, Gabriel Galípolo, de Política Monetária, e Ailton Aquino, de Fiscalização.
Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que “o caminho está pavimentado” para uma diminuição da Selic, referindo-se a uma série de fatores que mostram um momento favorável na economia, como queda no desemprego, índices como o IGP-M e o IPCA-15 apontando para deflação, e elevação da nota do Brasil por agências internacionais de classificação de risco.
“Existe muito espaço para um corte razoável”, declarou Haddad. “Estamos muito distantes do que o BC chama de juro neutro, que é inferior a 5%. Estamos com o dobro do juro neutro. Então, há um espaço generoso para aproveitar."
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