O ex-Procurador do Município, Fidélis Canguçu, deixou a prisão no final da tarde desta quinta-feira (7), em Londrina, depois de 58 dias em cela especial no Quartel do Corpo de Bombeiros, em Londrina. Ele foi preso na Operação Antissepsia, que identificou desvios na área da saúde Londrina.
Fidélis Canguçu foi acusado de expedir pareceres internos na prefeitura determinando pagamento para os institutos Gálatas e Atlântico, que prestavam serviços básicos no setor da saúde. Com ele foram apreendidos dois veículos e R$ 20 mil em espécie, dinheiro recebido de propina, conforme denúncia do Ministério Público. No dia do escândalo, em 10 de maio, o ex-procurador foi chamado de "batata podre" pelo prefeito Barbosa Neto (PDT). "Fiquei triste", revelou o ex-procurador ao ser questionado sobre isso.
Demonstrando abatimento, Fidélis concedeu uma rápida entrevista coletiva à imprensa e prometeu processar criminalmente aqueles que o acusam. "Todas as pessoas que geraram dano serão responsabilizadas."
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Sobre o futuro, Fidélis Canguçu afirmou que vai voltar a advogar. "Vou trabalhar e recuperar minha vida. A minha realização profissional eu consegui com meus méritos, vou trabalhar de novo e provar minha inocência", afirmou.
O Tribunal de Justiça concedeu a liberdade de Fidélis Canguçu com base na aplicação da nova lei penal 12.403/2011, que entrou em vigor nesta semana e que concede liberdade para presos provisórios e sem antecedentes criminais. A 2ª Câmara Criminal também concedeu habeas corpus para o contador Antonio Carlos Martins, preso na mesma operação. Canguçu e Martins estavam presos em celas especiais no Quartel do Corpo de Bombeiros, na Vila Nova.
Flavio Martins e Juan Monastério são os únicos ainda presos pela Operação Antissepsia.