Desde dezembro do ano passado, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitora por meio de câmeras um trecho da BR-369 entre Ibiporã e Arapongas, na região de Londrina. Nos primeiros quatro meses de 2015, o número de mortes na rodovia caiu pela metade. Foram quatro mortes de janeiro a abril, contra oito no mesmo período de 2014. O número de acidentes caiu 30,65%.
Wilson Martines, chefe de comunicação da PRF no Paraná, afirma que o projeto-piloto será estendido para todo o estado. Por serem de alta resolução, as câmeras permitem fiscalizar diversas infrações como: ultrapassagem em local proibido ou forçada, trânsito no acostamento, falar ao celular enquanto dirige, falta do uso do cinto de segurança, parar em local proibido e a evasão de pedágio.
"Nosso recado para os motoristas é que essa é a fiscalização do futuro e significa que ele está sendo vigiado em toda a via, e não apenas onde há placas de sinalização, o que implica em mais segurança".
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Benefícios também para as cidades
De acordo com o diretor da Perkons e especialista em gestão de trânsito e mobilidade urbana, Luiz Gustavo Campos, a resolução restringe o uso do videomonitoramento apenas ao ambiente rodoviário, mas no futuro, acredita que poderá ser estendido também para as vias urbanas. O monitoramento nas ruas poderia acontecer da mesma maneira que nas rodovias. "A opção por esta forma de fiscalização é natural e poderá se tornar uma tendência no Brasil à medida que os resultados melhorarem a mobilidade e a segurança", afirma.
Para Campos, a eficácia está relacionada ao número de câmeras instaladas, à qualidade das imagens transmitidas - se possuem alta definição, capacidade de zoom e de cobertura – e à seleção dos pontos monitorados, assim como no efetivo de agentes nos centros de controle. O especialista entende que para essa ferramenta ganhar força no Brasil e se espalhar pelas cidades deverá haver um amplo processo de comunicação que mostre, de forma transparente, os locais que estão sendo monitorados e as condutas irregulares que serão fiscalizadas.