Além de sofrer com os congestionamentos, a falta de vagas e a cobrança de Zona Azul nas ruas, o londrinense é prejudicado com o não cumprimento de leis que regulamentam estacionamentos e que obrigam grandes empresas a instituírem um seguro contra roubo para os veículos.
A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), um dos órgãos responsáveis pela fiscalização destes pontos, também não apontou solução para o estacionamento no futuro shopping popular, que receberá ambulantes e camelôs na área central da cidade.
O uso e ocupação de áreas urbanas são controlados pelo Plano Diretor e pelo Código de Posturas do Município. Neles estão as leis nº 7.485/98 e 4.607/90, que obrigam os chamados Pólos Geradores de Tráfego (PGTs) a oferecerem vagas ao público (área mínima de 20 metros quadrados). Fazem parte dos PGTs supermercados, universidades, shoppings, centros de eventos e escolas.
Entre os argumentos dos empresários estão o fato da legislação ser recente, não haver disponibilidade de terrenos nas áreas urbanas para construção de estacionamento e também a falta de iniciativa da prefeitura de acatar alternativas propostas pela instituições.
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A Universidade do Norte do Paraná (Unopar) é uma das que mais registram reclamações, tanto de estudantes quanto dos moradores do Jardim Piza. O campus da instituição de ensino instalado no bairro ocupa diversas quadras da região sul, sem garantir um estacionamento próprio para os alunos e funcionários.
A diretora administrativa do Campus Jardim Piza, Wilma Jandre Melo, explica que a estrutura foi montada no bairro antes da criação da lei, mas que a instituição sempre buscou garantir melhorias aos estudantes. ''Percebemos que os alunos estacionam na rua por opção, tanto que uma empresa que trabalhava com estacionamento privado fechou há alguns meses por falta de clientes.''
O responsável pela Fiscalização de Trânsito da CMTU, Álvaro Grotti Junior, concorda que existem alguns pontos problemáticos na cidade e informa que há um ''certo acordo'' com as empresas e entidades criadas antes da lei. Ele destaca que o município está valorizando estudos sobre os novos empreendimentos. ''Técnicos da prefeitura analisam rigorosamente as condições de embarque e desembarque de clientes e usuários para definir a necessidade ou não de estacionamento. Se o projeto do empreedimento não se enquadrar nas especificações, emitimos um laudo e discutimos caso a caso'', esclarece Grotti.