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Zona Sul

Água de rio 'invade' estrada na Gleba Cafezal

Vítor Ogawa - Grupo Folha
10 jan 2017 às 16:14

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Moradores da Gleba Cafezal (zona sul de Londrina) estão preocupados com a erosão provocada pelo entupimento das quatro tubulações de concreto que canalizam o Ribeirão das Águas. O curso d’água deveria passar sob a Estrada da Pedreira, que liga o Conjunto Cafezal ao Jamile Dequech, mas o lixo jogado no local, associado aos galhos de árvores e folhagens, bloquearam a passagem.

O entupimento começou em janeiro de 2016, com o temporal que atingiu toda a região. Nos dias de chuva forte, a impressão é de que a estrada se transforma em um rio caudaloso, tamanho é o volume de água que segue sobre a pista de rolamento.

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A técnica de segurança no trabalho, Mariana Stratico, relata que durante as fortes chuvas de janeiro de 2016 os moradores ficaram isolados. Agora ela teme que o isolamento seja provocado pela destruição da estrada, já que o processo de erosão da pista está bastante avançado.

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"Está tudo destruído. Agora as águas desembocam no Ribeirão Cafezal. Tem dias em que a água chega a atingir a altura do joelho e nem ônibus (do transporte coletivo) passa. Recentemente um ônibus foi até a esquina e teve que retornar para o Jamile Dequech, porque a estrada não tinha condições de tráfego", destaca Mariana.

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O desvio do curso d’água está destruindo o acostamento e parte da pista da Estrada da Pedreira, formando uma canaleta de 1,5 km de extensão, como se fosse um córrego. Até uma queda d’água se formou em um dos trechos da pista. Uma pedreira que fica na região chegou a colocar pedras com o intuito de segurar um possível desmoronamento da estrada nesse ponto.


A mãe de Mariana, a dona de casa Lúcia Aparecida Stratico, procurou recentemente a Secretaria de Obras para solicitar providências. Além do problema da erosão ela alerta para o risco de os veículos quebrarem, já que os buracos ficam escondidos pela água, e até de serem levados pelas águas. "Já teve um carro que caiu aqui, por isso os próprios moradores colocaram um monte de terra, que forma uma espécie de mureta, para conter mais acidentes", destacou.

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O lavrador Luís Zanon reclama que funcionários da prefeitura foram ao local, mas não tomaram nenhuma providência. "Toda vez que chove, as águas seguem pela estrada. Isso está destruindo o asfalto. Já têm buracos dessa altura (indicando com as mãos a altura do joelho). Deveriam colocar mais tubulações para que o ribeirão siga o seu curso normal", cobra.


O secretário municipal de Obras e Pavimentação, Fernando Tunouti, relata que esteve no local no dia 5, com o pessoal da manutenção. "Nós não temos como fazer o desentupimento com o nível alto das águas. Depois que elas baixarem poderemos ver como ficou o estrago para iniciar a recuperação das canaletas", afirma. Sobre a recomposição da lateral da estrada, explica que será realizada, mas não quis determinar um prazo para que a obra ocorra.

Tunouti ressalta a importância da conscientização sobre o descarte correto de lixo e entulhos. "Teve muito galho, sujeira e lixo que desceu o rio e ajudou a entupir a tubulação. As pessoas precisam entender que jogar lixo e entulho em local inadequado pode contribuir para esse tipo de incidente", aponta.


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