O vereador Jamil Janene (PP) exigiu que a Mesa Executiva da Câmara arquive uma representação protocolada contra ele no Legislativo pelos parlamentares integrantes da Comissão do Trabalho, Administração e Serviços Públicos. A exigência foi feita pelo pepista durante a sessão desta terça-feira (11) da Câmara.
Ele é acusado de ofender os integrantes da comissão durante as discussões do pedido de abertura, de autoria de Janene, de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para averiguar a concessão de alvarás e Habite-se aos empreendimentos localizados no chamado Complexo Marco Zero (zona leste de Londrina). O vereador teria acusado a Comissão do Trabalho de 'minar' o início das investigações no Legislativo.
Na avaliação de Janene, a representação é "ilegal". "O requerimento deveria ter sido encaminhado para a Mesa Executiva e não para o presidente (da Câmara). Vale lembrar, ainda, que as comissões permanentes não podem representar contra os vereadores", argumentou.
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O pepista teria disparado contra a Comissão do Trabalho depois de saber que os vereadores integrantes dela teriam pedido levantamento ao Município sobre os alvarás e Habite-se concedidos a empreendimentos entre os anos 2000 e 2013 no município. "Falo o que eu penso, com respeito e com ética. Muitos não gostam do meu posicionamento. Isso é o parlamento", afirmou.
CEI do Marco Zero
Jamil Janene disse, ainda, que pretende "reviver" o pedido de abertura da chamada CEI do Marco Zero. A solicitação havia sido retirada de pauta na Câmara em fevereiro, depois de empresários da cidade se comprometerem a criar um movimento para apurar a liberação de obras em Londrina.
"É o maior escândalo da cidade. O caso está sendo investigado pelos empresários, pela prefeitura e até pelo Ministério Público. Por que a Câmara não pode investigar?", questionou Janene.