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Perigo nas ruas

Após latrocínios, motoristas de aplicativos trabalham em alerta

Paulo Monteiro - Nosso Dia
08 mar 2018 às 08:39

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- Reprodução
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Desde o início, agosto de 2016, motoristas do aplicativo Uber trabalham em alerta na cidade de Londrina. Desentendimentos com outros profissionais do volante sempre fizeram parte da rotina. No entanto, nada comparado aos casos de latrocínios (roubo seguido de morte), que vitimaram os motoristas em um curto período em 2018. Entre o dia 4 ao 27 dia de fevereiro, dois foram brutalmente atacados na cidade.

Violência que faz o profissional do volante repensar a profissão. Segundo um deles, o desemprego é o principal motivo para continuar na atividade. "A gente pensa duas vezes antes de sair de casa para trabalhar. O medo é muito grande. Na maior parte das vezes, não sabemos quem irá embarcar no nosso carro", diz um dos motoristas por aplicativos de celular, que não será identificado. "Mas não temos outra saída, estou desempregado. Tenho faculdade, mas, por enquanto, não consigo serviço na minha área de formação. Vou seguindo", diz ele, que deixou de trabalhar durante a noite transportando pessoas por motivos de segurança.

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O advogado da Associação dos Motoristas por Aplicativos de Celular de Londrina (Ampalon), Eduardo Caldeira, explica que os roubos seguidos de mortes não ocorrem apenas na região de Londrina. "Esse tipo de crime, infelizmente, ocorre em qualquer lugar do país. Na maior parte das vezes, pode ser uma tentativa de intimidar a classe para que os mesmos desistam de trabalhar com o aplicativo, que provoca a ira de muitos que não compreendem a necessidade do mesmo nas cidades", avalia o advogado.

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"Essa é uma hipótese, não podemos afirmar nada, mas na condição de advogado da classe, posso dizer que a garantia que conseguimos com o nosso trabalho, para que os ubers possam trabalhar legalmente, deixa muitas pessoas irritadas, se assim podemos classificar", destaca. "Mas lamentamos muito essas fatalidades e esperamos que a Justiça seja feita e que não aconteça mais em nossa cidade", explica ele.

CASOS SOLUCIONADOS
Os dois latrocínios registrados este ano foram solucionados pela Polícia Civil de Londrina. No dia 4 de fevereiro, Vanderlei Teixeira da Silva, 33 anos, foi morto a facadas na madrugada de domingo. Ele trabalhava como motorista de Uber e estava fazendo uma corrida na avenida Duque de Caxias, centro. Ele foi encontrado na rua, inconsciente. Levou cerca de seis facadas na região de costas e nuca. Dois suspeitos pelo crime foram presos no dia seguinte. O segundo Uber vítima de roubo seguido de morte foi Flávio Martins Ribeiro Júnior, 23 anos. Ele morreu no último domingo, na Santa Casa de Londrina. Flávio foi agredido e baleado no dia 27 de fevereiro. Um maior de idade foi preso e dois menores foram apreendidos, suspeitos de cometerem o crime. O carro e o celular da vítima foram roubados na ação, mas recuperados pela Civil horas depois.


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