Após um ano da instalação dos radares fixos em vários pontos de Londrina, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) registra redução em 67% no número de vítimas fatais no trânsito e 46% no índice de acidentes.
De acordo com diretor de Trânsito da CMTU, Hemerson Pacheco, os atuais radares atingiram seus objetivos plenamente. "Em pontos que tínhamos grande número de acidentes, nós conseguimos erradicar a nível zero a questão desses acidentes. Muito satisfatório", afirma.
"Quando nós falamos no início da implantação desses equipamentos, houve aquela grande comoção pública com relação a indústria da multa. E eu sempre digo o seguinte, que qualquer indústria que se preze, só vai ter prosperidade onde for instalada, se tiver matéria prima pra ela processar, ou seja, enquanto tiver condutores e pessoas que se colocam em posição de infratores, infelizmente elas vão alimentar, sim, essa indústria da multa", esclarece Pacheco.
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No entanto, o principal objetivo é a redução de acidentes. "Foi o que aconteceu e vem acontecendo. Nós percebemos que o número de acidentes diminuiu. Em alguns pontos foi erradicado e em outros diminuiu. Em um cômputo geral, os radares diminuíram 67% o número de óbitos na cidade. Temos muita coisa para fazer ainda. Lançamos o mote 'Olhe e Sinalize', uma das ações da companhia para que os números diminuam ainda mais. Com essas ações e comportamento do condutor, acreditamos que cada vez mais vamos conseguir reduzir os números de acidentes, mortes e infrações em nossa cidade", apresenta o diretor de Trânsito.
"Olhe e Sinalize"
A campanha "Olhe e Sinalize" tem o objetivo de conscientizar a sociedade londrinense para o respeito à faixa de pedestres. O evento, realizado na terça-feira (18), no teatro Filadélfia, na região central, contou com a exibição de dados sobre o número de acidentes e atropelamentos registrados na cidade no primeiro semestre, detalhamento das ações do programa e a exibição do material produzido para veiculação nas mídias.
O presidente da CMTU, Moacir Sgarioni, elogiou o caráter educativo da campanha "Olhe e Sinalize", que se diferencia da "Pé na Faixa", lançada em 2010, por apostar no gesto do pedestre em estender a mão na borda da via para solicitar passagem. "Em cidades como Brasília, por exemplo, observamos essa cultura de respeito e prioridade a quem anda a pé. Também desejamos isso em Londrina. Queremos um trânsito onde pessoas e veículos circulem em sintonia", disse.
Ele ressaltou que, além das ações pedagógicas, a atual gestão da CMTU tem buscado melhorar o dia a dia das ruas também com outras ferramentas. Sgarioni revelou que a companhia está na fase final de licitação para contratação de serviços que permitirão dobrar a atual capacidade de pintura asfáltica no município.
A campanha "Olhe e Sinalize" busca convencer o pedestre a atravessar as vias somente sobre a faixa de segurança. Além de realizar a passagem nos locais adequados, o programa se propõe a instaurar novos cuidados entre quem anda a pé. Aguardar na calçada, esticar o braço para indicar a intenção de passar, olhar para os dois lados da rua e estabelecer contato visual com o motorista antes da travessia são comportamentos que a CMTU busca incentivar.
A campanha envolve também a implantação de nova sinalização viária em diversos pontos da cidade. Na primeira etapa, onze pontos receberão placas e pinturas no asfalto alusivas à campanha. O primeiro é a avenida Aminthas de Barros, na altura do Zerão, onde as intervenções foram acompanhadas, também na manhã de hoje, de orientação e fiscalização do fluxo por agentes da companhia. Até o final do ano, o trabalho será gradativamente ampliado para outros locais com grande circulação de pedestres. À medida que a sinalização antiga for retirada dos locais contemplados com a ação, os modelos serão reformados para utilização em outros pontos.
Outra novidade estudada pela companhia é a contratação de um guincho-plataforma para a remoção de veículos, caçambas e carroças irregulares, além de sucatas de automóveis abandonadas nas vias.
Novos radares
Para que novos radares sejam implantados na cidade, é necessário um estudo técnico. Portanto, conforme Pacheco, não tem como fazer uma previsão precisa de quando e onde serão colocados os novos aparelhos, mas já há pontos elencados no primeiro estudo antes da implantação dos radares atuais.
"Já tínhamos elencado os pontos críticos em que realmente aconteciam muitos acidentes com resultado morte ou com danos materiais de grande monta, mas não tem como a gente precisar ou lançar sobre novos pontos agora", pontua.