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Artesãos protestam contra saída de praças

Redação - Folha de Londrina
20 mai 2003 às 20:13

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Artesão reclama contra decisão da prefeitura de retirá-los das praças Floriano Peixoto e Rocha Pombo - Sérgio Ranalli
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A criação de um centro de referência para o artesanato londrinense voltou a ser alternativa citada como solução para o impasse entre a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e os 130 artesãos que trabalham na área Central de Londrina.

Na tarde desta terça-feira, em tensa sessão na Câmara de Vereadores, foi acertada a criação de uma comissão formada por artesãos, vereadores e município para resolver o problema, já que não houve alteração de posição nem por parte de Wilson Sella, presidente da CMTU, e nem por parte dos artesãos.

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A votação em segunda discussão do projeto de lei nº 119/2003, que dispõe sobre a reforma e a revitalização das praças Rocha Pombo e Marcehal Floriano Peixoto, e assegura nelas a permanência dos artesãos, acabou não ocorrendo. O projeto foi retirado da pauta por tempo indeterminado. Boa parte dos artesãos tomou o auditório da Câmara para pedir a aprovação do projeto, que, segundo parecer da Comissão de Justiça da casa, apresenta vício de iniciativa.

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Antes da apreciação do projeto, os presidentes da CMTU e da União dos Artesãos da Praça Marechal Floriano Peixoto (Uniflor) ocuparam a mesa da Câmara para demonstrarem suas posições. Sob manifestações de descontentamento do auditório, Wilson Sella reiterou sua posição de que as praças precisam ser readequadas e revitalizadas sem a presença das barracas. ''Elas foram projetadas para contemplação, convívio e circulação, e não podem continuar sendo ocupadas da maneira como hoje ocorre'', afirmou.

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Sella também voltou a se mostrar contrário ao projeto de lei. ''Ele abre um precedente ruim para a cidade'', defendeu. Ele disse que existem três projetos diferentes para a criação de um centro de Referência de Artesanato, capaz de abrigar 120 artesãos na região central da cidade.


''Seria referência não apenas para artesãos de todo Brasil, mas um ponto de potencial turístico para Londrina''. O local também abrigaria não apenas as mercadorias, como oficinas de trabalho dos artesãos. O presidente da CMTU não divulgou quais são os três locais pré-selecionados para a instalação do Centro, a fim de evitar especulação imobiliária.


Demindo Florentino, presidente da Uniflor, também levou ao plenário a posição dos artesãos das duas praças do Centro de Londrina. Ele negou que os da praça Marechal Floriano Peixoto estejam mais propensos à aceitar a proposta da CMTU. ''A categoria inteira, a princípio, não abre mão de permanecer nas praças'', frisou. Florentino viu como boa a proposta de criação da comissão. ''É sinal que a CMTU aceita discutir a questão'', disse.

O vereador Carlos Bordin (PP), autor do projeto de lei que autoriza a permanência dos artesãos na Rocha Pombo e Floriano Peixoto, acredita que a retirada do projeto de discussão e a criação da comissão para discutir a solução do impasse foram boas saídas. ''Alguns estão lá há mais de 20 anos, e sustentam famílias como artesãos'', ressaltou. A reunião que define os detalhes para a criação da comissão deverá ser marcada ainda nesta semana.


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