Criado em meio à turbulência política que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Coletivo Mobiliza Londrina se vê, assim como toda a sociedade, diante de mais um tempo nebuloso, desta vez envolvendo Michel Temer (PMDB), que não irá renunciar mesmo após as denúncias incluídas em delação premiada dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS. O presidente é acusado de sugerir que o pagamento de mesada fosse mantido ao ex-deputado
Eduardo Cunha (PMDB), preso na Lava Jato.
De acordo com um dos conselheiros do Mobiliza Londrina, Diego Sanches, a situação do governo Temer "está insustentável" e que não "há outra alternativa do que saída imediata dele". Porém, o grupo é contrário às eleições indiretas porque "a ilegitimilidade permaneceria com Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara, ou Cármen Lúcia, que comanda o Supremo Tribunal Federal (STF)".
O ato contra Temer em Londrina está marcado para às 18h, na Concha Acústica. Por ter sido marcado às pressas, o protesto não deve ser estendido em uma possível passeata pelo centro da cidade. Conforme Sanches, "a manifestação vai acontecer com ou sem chuva". A convocação está sendo feita através de um evento criado no Facebook. "Vamos abrir oportunidade para a população mostrar sua indignação", avaliou o conselheiro.
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Outro movimento que vai protestar contra Temer será o Marcha Londrina. De acordo com um dos coordenadores do coletivo, Douglas Roberto Soares, o evento ocorrerá no próximo domingo (21), a partir das 15h, na chamada "rotatória da República", que é a confluência das avenidas JK com Higienópolis. "Entendemos que o Temer deve renunciar e os envolvidos de qualquer partido, exemplarmente punidos. Não somos folha ao vento. Toda essa bandalheira será desconstruída por uma ação chamada Lava Jato, a qual apoiamos irrestritamente", concluiu.