Um manifesto neste sábado (1º) no calçadão de Londrina vai marcar a abertura do plebiscito sobre a anulação do leilão da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), que ocorre de 1º a 9 de setembro. O ato será às 10h e terá início em frente ao Banco do Brasil. Na sequência, será realizada uma caminhada que vai percorrer todo o calçadão até parar em frente ao Banco Bradesco onde vai haver outra manifestação. Depois do ato, terá início a votação pela anulação do leilão.
''Pretendemos dar impulso à semana do plebiscito. Vamos passar a mensagem às pessoas sobre a importância de se realizar a votação'', disse o membro do comitê que organiza o plebiscito em Londrina Maurício Barros. Ele explicou que o motivo da manifestação em frente ao Bradesco se deve à participação, supostamente irregular, do banco no leilão da CVRD.
Segundo Barros, a partir de sábado de manhã e durante toda a semana as urnas de votação estarão disponíveis em igrejas, sindicatos, escolas, salões de paróquias e muitos outros locais em toda a cidade, além do calçadão. Todos os locais de votação vão estar identificados com faixas e cartazes.
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Qualquer pessoa acima de 16 anos com qualquer documento de identificação pode votar. A cédula de votação contém quatro perguntas: a primeira, sobre a anulação do leilão; a segunda, sobre os direitos sociais e as dívidas interna e externa; a terceira, sobre a tarifa de energia; e a quarta, sobre a Reforma da Previdência.
Segundo o assessor da Central dos Movimentos Populares (CMP), Nelson Cardoso, todo o trabalho que está sendo feito em torno do plebiscito visa despertar a atenção das pessoas quanto à importância da anulação do leilão. ''É um processo pedagógico para aprofundar as discussões e mostrar que há irregularidades no leilão. A política de privatização não afeta apenas os locais onde a empresa atua, mas também toda a população brasileira'', afirmou Cardoso.
Entre as principais entidades e movimentos organizadores do ato e do plebiscito em Londrina estão a Comissão Pastoral da Terra (CPT), CMP, o Movimento Evangélico Progressista (MEP), o Sindicato dos Bancários, a Pastoral do Migrante, o Centro de Estudos Che Guevara, a Associação de Moradores de Londrina (Mamol), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Associação dos Professores do Paraná (APP).