Doze pacientes foram diagnosticados com bactérias multirresistentes no Hospital Evangélico de Londrina (HEL) na última semana. Na segunda-feira (13), o hospital suspendeu os atendimentos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), ambas neonatais. Os pacientes que precisaram de atendimentos tiveram de ser encaminhados para outros centros de referência na região. As duas unidades especializadas só foram reabertas no sábado (18).
Segundo nota encaminhada pela assessoria de imprensa, o hospital estava com oito gestantes com risco de parto prematuro e a UTI, que tem capacidade de 10 leitos, já estava com 14 pacientes internados. A UCI, que tem 12 leitos, abrigava 17 pacientes no momento em que a direção do hospital determinou a suspensão dos atendimentos.
De acordo com o Hospital Evangélico, o motivo do fechamento foi a "superlotação crítica que não garantia condições seguras para o atendimento e recebimento de recém-nascidos". De acordo com o diretor técnico do Hospital Evangélico de Londrina, Ivan Pozzi, as bactérias são preocupantes, mas ele aponta a superlotação como um problema maior. "As bactérias estão entre nós, os prestadores de serviços de saúde. Já aprendemos a lidar com elas tomando medidas de precaução. O hospital está focado em qualidade e segurança e esses valores para nós são inegociáveis, mesmo dentro desse sistema complexo que é um hospital terciário, como o Evangélico", disse.