O depoimento do vereador Emerson Petriv (PR), o Boca Aberta, à Comissão Processante (CP) que o investiga na Câmara Municipal de Londrina (CML) foi desmarcado mais uma vez na manhã deste sábado (30). Às 8h32, o parlamentar enviou a toda a imprensa um documento assinado pelo hospital Mater Dei, informando que está internado e que não há previsão de alta médica. A informação também foi confirmada pelo relator do processo, o vereador Rony Alves (PTB).
O encontro na Câmara estava agendado para as 10h30 deste sábado (30). Segundo o relator, esta foi a terceira vez que o depoimento teve de ser desmarcado, devido à apresentação de declarações ou atestados médicos por Petriv, investigado por quebra de decoro por pedir dinheiro nas redes sociais para pagar multa eleitoral. Mesmo assim, a comissão, também formada pelos vereadores Felipe Prochet (presidente) e Eduardo Tominaga (membro), iria se reunir neste sábado (30) para traçar novas estratégias.
De acordo com o comunicado feito por Petriv à imprensa, o internamento no hospital se deve a uma suspeita de meningite e pneumonia. A entrada no Mater Dei aconteceu às 12h46 de sexta-feira (29), segundo o documento apresentado à imprensa, assinado pela gerente operacional da unidade, Satiko Teresa Tsuru Satin. A declaração também diz que o parlamentar é acompanhado pelo médico Damacio Ramon Kaimen Maciel.
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Antes do internamento, Petriv foi encaminhado de ambulância da Câmara ao pronto-atendimento da Unimed, na noite de quinta-feira (28). Apesar de estar sob recomendação de um médico psiquiatra para não trabalhar, o vereador disse que foi à Casa para votar contra o projeto que altera a planta de valores, "importante para Londrina". Lá, ele passou mal e, por isso, foi encaminhado ao pronto-atendimento, fato que resultou na internação de sexta-feira (29).
Na manhã deste sábado (30), em entrevista ao Portal Bonde, Petriv disse que está passando por uma bateria de exames. "Fizeram uma coleta de líquido da espinha. E ainda tem de fazer uma ressonância magnética. Sigo sem previsão de alta." Segundo o vereador, sua família o acompanha no internamento. Além disso, acrescentou que seus advogados iriam à Câmara para remarcar o depoimento para os próximos dias.
Segundo Alves, os trabalhos da CP devem terminar, a princípio, em 9 ou 17 de outubro. Se até lá Petriv não puder depor, o caso deverá ser levado à Justiça, para que o prazo da comissão seja estendido. "A comissão cumpriu todos os prazos e deu todas as oportunidades para o vereador depor, inclusive aquelas autorizadas por juiz, mas ele nunca apareceu. A comissão tem sido muito ética e técnica, os advogados da Câmara têm dado toda orientação. Se nós vermos que o prazo vai estourar e o vereador [Petriv] não foi ouvido, vamos recorrer à Justiça."