À margem da avenida Dez de Dezembro, o Centro Cultural Kaingang de Londrina pede ajuda. Com moradias improvisadas de madeira e outros materiais recicláveis, 29 famílias vivem em uma área de aproximadamente um alqueire.
Por conta dos frequentes incêndios, eles estão fazendo uma campanha para arrecadar dinheiro para reformar as moradias, além de comprar alimentos e produtos de higiene, já que a renda das famílias vem da venda de artesanatos e de benefícios assistenciais.
O cacique Renato Kriri explica que o espaço, que eles chamam de vãre, foi criado em 1999 como forma de trazer mais segurança aos indígenas da região que viviam de forma precária. Segundo ele, era uma forma de mostrar a cultura e a tradição da etnia caingangue.
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Kriri conta que os indígenas enfrentam dificuldades para cuidar do espaço por conta própria. “O poder público não vem enxergando esse espaço histórico, que tem muito valor para nós”, explica.
De acordo com ele, historicamente, os indígenas viviam em grandes territórios, como era o caso da região entre as cidades de Londrina e Tamarana, mas que agora estão limitados apenas às reservas.
Os caingangues hoje vivem em barracos no entorno do que foi o centro cultural. Por conta disso, convivem frequentemente com incêndios. O último, no começo de julho, foi provocado pela queda de uma vela e destruiu um barraco.
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