O relatório final da chamada CEI da Saúde será apreciado pelos vereadores na sessão da próxima terça-feira (25) da Câmara Municipal de Londrina.
A Comissão Especial de Inquérito, que investigou irregularidades nos contratos firmados entre prefeitura e os institutos Gálatas e Atlântico, concluiu que o prefeito Barbosa Neto (PDT) participou do processo que culminou na contratação das duas organizações da sociedade civil de interesse público (oscips).
O relatório tem como base as investigações feitas pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na área da saúde de Londrina, através da Operação Antissepsia.
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O Ministério Público denunciou diversos envolvidos, inclusive Barbosa, pela participação em um suposto esquema de corrupção.
Agentes públicos, empresários e representantes dos dois institutos teriam se utilizado dos termos firmados entre município e oscips, para o superfaturamento de notas fiscais e, consequentemente, o desvio de dinheiro público. Pelo menos R$ 600 mil teriam sido desviados da área da saúde através do esquema.
O relatório final da CEI da Saúde precisa de 10 votos dos 19 vereadores para ser aprovado. Caso o documento passe pelo crivo dos parlamentares, ele será anexado à denúncia protocolada no Legislativo pelo vereador Joel Garcia (PP) em junho deste ano.
O parlamentar pede a abertura de uma Comissão Processante (CP), para, justamente, investigar a participação do prefeito no esquema de corrupção da Saúde.
Já para aprovar a CP contra Barbosa, pelo menos 13 dos 19 vereadores vão precisar votar a favor da denúncia. A defesa do prefeito conseguiu o aumento do quórum necessário para a aprovação, de 10 para 13 votos, na 2ª Vara da Fazenda Pública de Londrina.