O Centro de Sismologia da USP (Universidade de São Paulo) registrou dois eventos de abalos sísmicos entre Ibiporã e Londrina na tarde de quarta-feira (24). No entanto, conforme o geólogo José Paulo Pinese, professor de geologia da UEL (Universidade Estadual de Londrina), apenas um tremor de 2,1 graus na escala Richter está no relatório do Centro de Sismologia. "O outro é considerado tão pequeno, que teve um registro menor que 0,8 graus. Ficou entre 0,5 e 0,6 graus na escala Richter. Ele foi uma réplica do tremor de 2,1 graus", relata. Os tremores foram registrados na área rural entre Ibiporã (zona sul) e Londrina (zonas norte e leste). "Por isso, moradores de bairros da zona norte e zona leste sentiram os tremores e ouviram um forte estrondo. Neste caso, já podemos descartar a ação de pedreiras, pois elas estão localizadas na parte norte de Ibiporã", ressalta.
Segundo o professor, os movimentos aparentemente se remetem à causas naturais, ou seja, são movimentações das rochas no subsolo. "Nós estamos dentro de uma placa tectônica, mas mesmo assim sofremos impactos internos desse processo. Não se verifica intervenção humana até o momento. Mas continuamos investigando", explica. "O fato das pessoas terem entrado no site do Centro de Sismologia e terem relatado o que sentiram na tarde de quarta, ajudou a calcular a intensidade dos abalos. Por isso, é muito importante relatar no site", acrescenta.
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Em Londrina e região, outros cinco episódios de tremor foram registrados este ano. Em janeiro, foram quatro eventos, que variaram entre 0,6 e 1,4 graus na escala Richter. E no mês de agosto, os moradores do Jardim Santa Rita, na zona oeste da cidade, sentiram um tremor de 0,8 graus na escala Richter, também considerado de baixíssima magnitude, de acordo com Pinese.