Religião, ciência e justiça se reuniram para debater hoje (21/07), em Londrina, um dos temas mais polêmicos da atualidade: a clonagem, que desde do sucesso das experiências realizadas com a ovelha Dolly, vem sendo muito discutida. Ainda não existem respostas definitivas sobre o assunto e a procura por informações sobre o tema é um dos caminhos para que cientistas, médicos e cidadãos comuns fiquem mais conscientes sobre esse novo avanço e suas consequências.
Dentro desse contexto, um teólogo, um médico e um advogado se reuniram com estudantes de medicina para debater as implicações dessa nova ferramenta que pode trazer benefícios ao desenvolvimento humano, principalmente no campo de pesquisas de engenharia genética. O evento fez parte do XXXI Encontro Científico dos Estudantes de Medicina (Ecem), realizado na Universidade Estadual de Londrina (UEL), de 19 a 21 de julho.
Para o médico e especialista em reprodução humana, Osmar Henriques, a sociedade, de maneira geral, fantasia muito sobre clonagem e deixa de atentar para os grandes benefícios que poderão ser trazidos por ela. ''É burrice imaginarmos, por exemplo, que será criado um ser humano apenas para a retirada de órgãos, mas é bom imaginarmos que é possível que possamos desenvolver em laboratório um órgão que venha substituir o que não está funcionando adequadamente. Além disso, somos resultados do meio e não apenas da carga genética que carregamos'', comentou Henrique.
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O teólogo, Carlos Eduardo Calvani, ponderou para os avanços das pesquisas médicas, que recebem investimentos altos, e não são colocadas de forma socializada e democrática para a grande maioria da sociedade. ''Questino o real benefício dessas conquistas médicas para a maioria da população que ainda tem necessiadade básicas como saneamento, e me preocupo com a introdução desse conceito de ''novo homem' que está se formando. Prefiro o ceonceito do 'velho mundo' em que a 9ª Sinfonia foi composta por um surdo'', disse o teólogo, referindo se a Beethoven e a busca do conceito de perfeição que vem se firmando atualmente.
*Leia mais na reportagem de Ana Paula Nascimento na Folha de Londrina/Folha do Paraná deste domingo