Mesmo estando longe da maior parte da cidade, o Jardim Nova Esperança, no extremo sul de Londrina, não está livre dos problemas enfrentados por outros bairros. Esta comunidade também enfrenta percalços estruturais, um deles a grande quantidade de ruas esburacadas. Algumas intransitáveis. Uma das piores é a rua Sebastião Pedroso de Moraes.
Até mesmo um motorista com um veículo utilitário, do tipo "fora de estrada", encontraria dificuldades para superar tantos obstáculos. Imagine um carro popular enfrentando tantas pedras soltas, buracos e muita poeira. O condutor corre o risco de perder parte das peças do veículo no caminho. É o que acontece com quem é obrigado a passar pelo trecho todos os dias. Mas se tantos problemas estruturais afetam os que usam carros, imagine para os pedestres.
Além do prejuízo aos motoristas e ferimentos aos pedestres, o local pode ser considerado como uma armadilha para os motociclistas. Os danos na pista ocupam, principalmente, o trecho de curva na rua Sebastião Pedroso de Moraes. Independentemente da velocidade, a poeira, os buracos, as pedras e o desnível no asfalto podem derrubar os motociclistas.
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Pelas características, parte dos danos pode ter sido causado pelos veículos pesados, como ônibus e caminhões. A via é (ou já foi) rota de ônibus do transporte coletivo. Por causa do desnível em alguns pontos do asfalto, o coletivo pode até tombar. O desconforto dos passageiros dentro do ônibus também deve ser grande.
Padrão anos 1990
O secretário municipal de Obras, João Verçosa, disse que a estrutura de pavimentação do bairro é antiga e considerada inferior aos padrões atuais de Londrina. "O Jardim Nova Esperança é um bairro antigo, um loteamento dos anos 1990, que teve a sua infraestrutura asfáltica executada fora dos padrões exigidos pela Prefeitura", explica. "Na época, o município permitia fazer uma pavimentação inferior. Foi realizado dessa forma. Hoje o que ficou foi esse passivo de loteamento para a administração municipal atual realizar a manutenção", conta.
"A base desse pavimento está fora dos padrões atuais, será preciso refazer todo o asfalto. Compactar e, depois, aplicar a brita graduada e a capa asfáltica. Praticamente a reconstrução do pavimento", detalha o secretário. "Só que todo o asfalto do bairro está comprometido. Não temos condições de atender tudo, mas etapas. Vamos verificar a realidade da área, priorizar as vias de maior fluxo e que recebam linhas de ônibus."