O estudo que prevê o desassoreamento do Lago Igapó foi entregue à Prefeitura de Londrina no final da última semana, dois meses após a sua conclusão por parte do Instituto das Águas do Paraná. O relatório será enviado, ainda nesta segunda-feira (21), para a Secretaria Municipal do Ambiente (Sema), órgão que ficará responsável por analisar os pontos levantados pelo instituto e levantar meios para que o desassoreamento saia do papel. Os trabalhos da Sema devem ser concluídos até o final do ano e, só depois disso, a prefeitura vai decidir o que fará para conseguir os cerca de R$ 3 milhões necessários para o desassoreamento. Ou seja, os serviços só serão feitos em 2016. "Vamos dar um passo de cada vez", destacou o prefeito Alexandre Kireeff (PSD) em entrevista ao Bonde.
Questionado se o Executivo pretende contrair algum financiamento ou empréstimo para custear os trabalhos, Kireeff desconversou: "Ainda não é o momento para suposições nesse sentido".
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O método apontado pelo estudo para a limpeza e o desassoreamento do Lago Igapó envolve a utilização de uma draga de sucção e recalque. É uma balsa com motor de sucção, que vai retirando o sólido do fundo do lago e bombeando os resíduos para um local pré-determinado. Pelo relatório, o material retirado deverá ser mantido às margens do Igapó, e, posteriormente, utilizado em pontos "ambientalmente viáveis" da cidade.
Ainda pelo levantamento do Instituto das Águas, o Lago Igapó possui 321 mil metros cúbicos de sedimentos, entre areia fina, silte e argila. O estudo aponta, ainda, que o lago 2 é o mais assoreado, com 99 mil m³ de sedimentos em 171 mil m² de área total, seguido pelo Igapó 3, com 18 mil metros cúbicos de resíduos em 45 mil m² de área, o lago 4, com 4 mil m³ de sedimentos em 13 mil m² de área, e o Igapó 1, que tem área total de 420 mil m² e 110 mil m³ de material.