Eleitores do vereador Boca Aberta (PR) prometem uma manifestação durante a sessão desta terça-feira (9) da Câmara Municipal, quando será votado o requerimento apresentado pelo parlamentar para uma licença de até 120 dias das funções legislativas. O documento foi protocolado na quinta-feira da semana passada. Em entrevista coletiva. Boca Aberta justificou que "está sofrendo diversas ameaças, inclusive de morte". O afastamento dele, caso seja aprovado pela Câmara, não influencia na suspensão dos processos na Comissão de Ética, bem como os projetos de lei.
Os apoiadores de Boca Aberta criaram um grupo no Whatsapp, onde definem como será a mobilização. Segundo um dos organizadores do ato, Vinícius Cedro, a intenção é, além de demonstrar aprovação ao vereador, "lutar por mais educação e saúde". A concentração deve começar perto de 13h45. "Vamos nos manifestar de forma pacífica, mas externando a nossa indignação. Sabemos que o Boca pode até ultrapassar o jeito tradicional de abordar os médicos da UPA, como ocorreu no início da semana, mas é uma forma de mostrar os problemas nos serviços públicos", comentou.
Algumas faixas já foram confeccionadas.
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Denúncia
Por outro lado, o parlamentar pode sofrer a abertura de uma Comissão Processante (CP). Na semana passada, a enfermeira Regina Amâncio protocolou denúncia de possível estelionato de Boca Aberta, acusado de pedir dinheiro para eleitores por meio de redes sociais para quitar uma multa eleitoral.
Além da acusação de estelionato, a Mesa Executiva também analisou os pareceres sobre representação dos médicos da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, nos episódios envolvendo a "Blitz da Saúde", em janeiro deste ano, e uma representação por quebra de decoro protocolada pelo presidente da Câmara Municipal de Jataizinho, Maurilio Martielho (PSD), que se sentiu ofendido pelo vereador londrinense em uma audiência pública sobre o Contorno Norte – obra viária que a concessionária Econorte queria deixar de lado em troca de adiantar a duplicação da BR-369 entre Jataizinho e Cornélio Procópio.
Em relação à reclamação dos médicos, a Mesa Executiva considerou que Boca Aberta não poderia ser punido duas vezes por uma mesma ocasião. Ele já sofreu advertência por escrito, conforme decisão da Comissão de Ética, com base em representação de Regina Amâncio contra o vereador pela Blitz da Saúde.
A Mesa Executiva também abriu prazo de dez dias para que Boca Aberta apresente sua defesa prévia em relação à representação de Martielho. O vereador de Jataizinho afirma que, na audiência, Boca Aberta "proferiu expressões ofensivas, difamatórias e preconceituosas" contra prefeitos e vereadores da região.
(com informações do repórter Luis Fernando Wiltemburg, do Portal Bonde)