Neste sábado (27), técnicos do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (IAG/USP) estarão em Londrina para fazer a retirada dos cartões de memória dos quatro sismógrafos portáteis. Três aparelhos estão instalados no Jardim Califórnia, região leste, e outro na sede administrativa da Guarda Municipal de Londrina, às margens do Lago Igapó 2.
Os cartões de memória dos quatro sismógrafos contêm dados dos abalos sísmicos registrados no Município desde o dia 12 de janeiro. "As informações serão enviadas para o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), que irá produzir um relatório com a intenção de verificar não só o epicentro, mas também determinar a intensidade e a profundidade dos eventos", disse José Paulo Pinese, geólogo e docente do Departamento de Geociência da Universidade Estadual de Londrina.
Estarão em Londrina o geofísico Felipe dos Anjos e o analista Jackson Calhau. Os técnicos irão instalar um novo sismógrafo, o quinto, na cidade, em local ainda não divulgado. A vinda da equipe é resultado de uma parceria entre Prefeitura de Londrina, através da Defesa Social e Civil, UEL, USP e Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar).
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Melhoria - De acordo com Pinese, a partir da próxima semana, os sismógrafos em funcionamento em Londrina irão utilizar tecnologia de internet da Sercomtel Telecomunicações, a pedido do prefeito Alexandre Kireeff. "Um dos quatro aparelhos já estava operando com internet, mas através de celular. Agora, será feita a instalação de fibra ótica, que vai conectar os aparelhos a um computador para acompanhamento on-line. Isso vai melhorar bastante o desempenho, acelerando a visualização e a interpretação dos dados", explicou.
Relatório da Sanepar - O prefeito Alexandre Kireeff recebeu nesta sexta-feira (26) o resultado da análise, feita pelo Centro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina (UEL), sobre um parecer técnico apresentado pela Sanepar.
De acordo com a análise, assinada pelo professor doutor Fernando Fernandes e pelo professor doutor Jorge Marão Carnielo Miguel, os dados apresentados pela Sanepar mostram que as adutoras do Sistema Tibagi, na região do Jardim Califórnia, apresentam dispositivos de proteção anti-golpe de aríete (RHOs) compatíveis com as necessidades do projeto. O último teste relatado pela Sanepar, com máximo esforço de transiente hidráulico, "mostrou que não houve geração de ruído ou tremores".
Sobre os tremores, o relatório encaminhado ao prefeito discorre que um grupo de pesquisadores da UEL e da USP está trabalhando para obter dados objetivos que expliquem os fenômenos. E que os "os dados apresentados pela Sanepar mostram que a empresa está tentando colaborar neste processo".
Por esse motivo, ainda de acordo com o relatório da UEL, a recomendação é que a Sanepar "indique um engenheiro de seus quadros para integrar ou ficar à disposição da equipe, que está trabalhando para encontrar explicações objetivas para os tremores observados".