O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) anunciou nesta segunda-feira que o Dia Municipal do Pula-Catraca, marcado para acontecer nesta terça, foi adiado para a próxima quinta-feira. A data seria um protesto contra o aumento da tarifa do ônibus, que há exatamente um mês subiu de R$ 1,35 para R$ 1,60.
Segundo Fábio Rizza de Oliveira, um dos coordenadores do DCE, os estudantes decidiram adiar a manifestação na última quinta-feira. ''Se fizéssemos (o Dia do Pula-Catraca) amanhã, ficaria muito próximo do fim de semana prolongado. Decidimos adiar para que possamos mobilizar mais gente'', explicou o aluno.
Ele negou que o adiamento foi motivado pelas declarações de integrantes dos comandos das polícias Civil e Militar de que os responsáveis pelo protesto seriam punidos caso houvesse confusão. ''Não estamos pautando nossas ações por isso (pelas afirmações dos policiais). Nós já esperávamos que houvesse essas reações'', disse Rizza.
Leia mais:
Jornalista da Folha de Londrina ganha prêmio de Ciência e Tecnologia
Londrina Iluminação completa dez anos nesta terça
Com entrada gratuita, Londrina Mais Histórias começa nesta quinta no Parque Ney Braga
Londrina conta com mais de 500 oportunidades de emprego nesta semana
O estudante afirmou que até quinta-feira o DCE não deve organizar novos protestos, e que o Dia do Pula-Catraca deverá ser semelhante às ações do DCE nos primeiros protestos contra o reajuste da tarifa, no início de junho, quando os alunos entravam em ônibus que circulavam pela UEL e não pagavam passagem. ''Será a mesma coisa, só que em escala maior, em vários pontos da cidade'', explicou.
As assessorias da TCGL e da Francovig informaram que a direção orientou os funcionários para que parem os ônibus e desliguem o motor quando os veículos forem tomados pelos manifestantes, para em seguida informar a fiscalização. Até esta segunda-feira à tarde, as empresas não sabiam do adiamento do Dia do Pula-Catraca.
O presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), Wilson Sella, disse que está ''desconsiderando'' o protesto do DCE. ''Isso está fora do admissível. Mas cada um é responsável por seus atos'', afirmou.
O delegado-adjunto da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Jorge Barbosa, alegou que a Polícia Civil não pode fazer nada por antecipação. ''Mas se houver manifestação, haverá inquérito. Pular catraca é crime'', alertou. Ninguém do comando da Polícia Militar foi localizado na tarde desta segunda para comentar o assunto.