Cerca de 200 alunos dos ensinos médio e universitário dos distritos de Londrina não terão o transporte escolar gratuito feito pela prefeitura a partir do ano que vem. A informação foi confirmada nesta quinta-feira pela secretária de Educação, Magda Tuma, após a denúncia feita por uma mãe de aluno, Miriam Carvalho, que mora no Patrimônio Selva (zona sul).
Miriam, mãe de Marco Vinicius, de 15 anos, está revoltada com a situação. ''Nós não fomos sequer informados que não teria mais transporte. Eu fiquei sabendo porque a diretora da escola do patrimônio me disse e hoje (quinta-feira) de manhã a prefeitura confirmou'', afirmou. Ela disse que se não tivesse checado a informação, os alunos só iriam descobrir quando estivessem no ponto e o ônibus não passasse. No patrimônio, 32 pessoas utilizam o transporte para vir a Londrina cursar o ensino médio e universidade.
A mãe não aceita que o filho tenha que parar de estudar por causa da falta de transporte. ''De que adianta o governo garantir vaga na escola se não tem como as crianças chegarem na escola?'' Segundo ela, os horários dos ônibus do transporte coletivo não coincidem com o horário que filho sai da escola, no Jardim Piza, zona sul. ''O último ônibus sai do Terminal Acapulco às 23 horas e as aulas terminam às 23h15. Como ele pode voltar para casa?''
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A secretária informou que o município é responsável pelos ensinos fundamental e infantil. ''O ensino médio é de responsabilidade do governo estadual. É preciso que ele tenha uma política de atendimento a essa população'', disse. Segundo ela, existem limites legais que precisam ser observados para que ela e o prefeito não sejam responsabilizados por desvio de finalidade na aplicação de recursos.
De acordo com Magda, este transporte é feito há muito tempo, mas agora existem leis como a Lei de Diretrizes Básicas da Educação e também o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) que definem a aplicação de recursos. Ela garantiu que vai conversar com o prefeito nesta sexta-feira para buscar uma solução. ''Mas a solução definitiva tem que envolver o governo estadual'', afirmou.
*Leia mais na edição desta sexta-feira da Folha de Londrina