O delegado do 1º Distrito Policial de Londrina, Marcos Belinati, entregou ontem à Justiça o inquérito sobre o assassinato do empresário Ciro Frare, 67 anos, proprietário da Concessionária Cipasa, morto a tiros dentro da empresa, no dia 24 de junho, pelo então diretor-geral da revenda, Ibrain José Barbino, 55 anos. Belinati entendeu que o homicídio foi premeditado, duplamente qualificado e motivado pela possibilidade de que fosse descoberto um suposto esquema de desvio de dinheiro na empresa, que teria dado um desfalque aproximado de R$ 3,7 milhões entre os anos de 2000 e 2004.
Em suas argumentações finais, Belinati apontou que Barbino teria cometido o crime impulsionado por motivo fútil e não oferecido nenhuma oportunidade de defesa à vitima, que foi atingida por cinco tiros. Para o delegado, Frare estaria em vias de descobrir um suposto esquema de desvio de dinheiro na revenda no qual Barbino e outros três funcionários da Cipasa estariam envolvidos.
Para embasar sua tese, o delegado juntou ao inquérito o depoimento de um ex-funcionário que detalhou o suposto esquema. Segundo a testemunha, Barbino chegava a desviar até R$ 90 mil mensais da Cipasa. Ele também anexou um relatório parcial da auditoria particular que está sendo feita na empresa que conteria evidências contra o ex-diretor geral e os outros funcionários. Para comprovar que o empresário não teve chances de se defender e também de que não houve discussão entre autor e vítima, Belinati se baseou no depoimento do contador Cidinei Aparecido Vaz, única testemunha ocular do assassinato.
De acordo com o contador, Barbino teria entrado na sala onde ele e o empresário estavam, sacado um revólver e, sem dizer nada, teria disparado contra Frare. O crime teria sido premeditado porque o autor confesso não costumava andar armado nem levava arma para o trabalho. ''O empresário confiou em Barbino durante 38 anos e o que ganhou em retribuição foi a dilapidação criminosa e milionária de seu patrimônio e a morte'', observou Belinati no final do seu relatório.
O inquérito segue agora para análise da Promotoria da 1 Vara Criminal. A Polícia Civil ainda continua as investigações sobre um veículo encontrado em uma propriedade de Frare horas depois do crime. O carro tinha a carroceria de uma Saveiro mas possuia o chassi de um Gol ano 1981, o qual Barbino teria dado queixa de furto em 1983. As placas teriam sido clonadas de uma Parati comprada na Cipasa.
Barbino, segundo o delegado, poderá ser investigado também num terceiro inquérito que deverá ser instaurado à pedido do advogado da família de Frare, Walter Bittar, para apurar o suposto esquema de desvio na revenda. O ex-diretor poderá responder também por porte ilegal de arma, pois estava com sua licença vencida quando cometeu o crime.
Bittar foi procurado pela Folha mas seu escritório informou que ele estaria descansando em outra cidade e só falaria na próxima semana. Os advogados de defesa de Barbino também foram procurados mas não foram encontrados.
Em suas argumentações finais, Belinati apontou que Barbino teria cometido o crime impulsionado por motivo fútil e não oferecido nenhuma oportunidade de defesa à vitima, que foi atingida por cinco tiros. Para o delegado, Frare estaria em vias de descobrir um suposto esquema de desvio de dinheiro na revenda no qual Barbino e outros três funcionários da Cipasa estariam envolvidos.
Para embasar sua tese, o delegado juntou ao inquérito o depoimento de um ex-funcionário que detalhou o suposto esquema. Segundo a testemunha, Barbino chegava a desviar até R$ 90 mil mensais da Cipasa. Ele também anexou um relatório parcial da auditoria particular que está sendo feita na empresa que conteria evidências contra o ex-diretor geral e os outros funcionários. Para comprovar que o empresário não teve chances de se defender e também de que não houve discussão entre autor e vítima, Belinati se baseou no depoimento do contador Cidinei Aparecido Vaz, única testemunha ocular do assassinato.
De acordo com o contador, Barbino teria entrado na sala onde ele e o empresário estavam, sacado um revólver e, sem dizer nada, teria disparado contra Frare. O crime teria sido premeditado porque o autor confesso não costumava andar armado nem levava arma para o trabalho. ''O empresário confiou em Barbino durante 38 anos e o que ganhou em retribuição foi a dilapidação criminosa e milionária de seu patrimônio e a morte'', observou Belinati no final do seu relatório.
O inquérito segue agora para análise da Promotoria da 1 Vara Criminal. A Polícia Civil ainda continua as investigações sobre um veículo encontrado em uma propriedade de Frare horas depois do crime. O carro tinha a carroceria de uma Saveiro mas possuia o chassi de um Gol ano 1981, o qual Barbino teria dado queixa de furto em 1983. As placas teriam sido clonadas de uma Parati comprada na Cipasa.
Barbino, segundo o delegado, poderá ser investigado também num terceiro inquérito que deverá ser instaurado à pedido do advogado da família de Frare, Walter Bittar, para apurar o suposto esquema de desvio na revenda. O ex-diretor poderá responder também por porte ilegal de arma, pois estava com sua licença vencida quando cometeu o crime.
Bittar foi procurado pela Folha mas seu escritório informou que ele estaria descansando em outra cidade e só falaria na próxima semana. Os advogados de defesa de Barbino também foram procurados mas não foram encontrados.