A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou a planilha do transporte coletivo em Londrina pediu providências do Ministério Público em relação a dois ex-presidente da CMTU durante a administração do ex-prefeito Nedson Micheleti (PT): Wilson Maria Sella e Mauro Yamamoto.
Entre outros pontos, a comissão também sugeriu o cancelamento do contrato de prestação de serviço de transporte coletivo com as empresas Francovig e Grande Londrina (TCGL), oriundo de licitação, e de apontou a impossibilidade de reajuste da tarifa enquanto não forem esclarecidos possíveis desvios no setor.
Em relação a Sella e Yamamoto, a CEI pede que a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público ajuíze "eventuais ações de responsabilização" contra eles, por descumprimento das leis de improbidade (8.429/1992) e de licitações (8.666/93).
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Sella considerou que o trabalho da CEI teve caráter político, mas não detalhou em que nível ou a serviço de quem. "É evidente que os vereadores estão fazendo política, envolvendo as pessoas sem critério, sem qualquer prova, sem base legal", afirmou em entrevista à Rádio Brasil. "Vamos aguardar para ver o que é possível fazer".
Mauro Yamamoto, também à Rádio Brasil Sul, disse considerar o relatório estranho pois incluiu apenas o primeiro e o último presidentes da CMTU na gestão de Micheleti. "Houve outros presidentes que inclusive participaram do processo de licitação e não constam do relatório", disse, referindo-se, por exemplo, a Francico Moreno, João Rezende e Gabriel Ribeiro de Campos. "No meu caso, eu sequer concedi reajuste da tarifa. Houve um (no final do mandato), mas o decreto acabou revogado pelo prefeito interino". Foi o atual presidente da Câmara, José Roque Neto (PTB), quem revogou o decreto.