Viola, pandeiro, cavaquinho e zabumba animam a "Tarde dos Reis", que acontece nesta sexta-feira, a partir das 16h, no calçadão da avenida Paraná (centro), integrando a programação do Festival de Natal. A festa vai reunir seis grupos londrinenses de folia de reis – grupo Galiléia (do jardim Santa Rita, região oeste), Menino Deus (do jardim Interlagos, região leste), Estrela do Oriente (do distrito de Guaravera, região sul), Estrela Guia (do distrito de Paiquerê, região sul), Navegadores de Tarsis (do conjunto habitacional Violin, região norte) e Mensageiros da Paz (conjunto habitacional Semíramis, região norte). No total, são mais de 70 integrantes uniformizados e prontos para cantar músicas típicas da folia.
Dentre os personagens estão o embaixador – líder do grupo que recita versos improvisados –, o porta-bandeira, o contra-mestre e o contralto – que fazem duetos com o embaixador -, tipre, contratipre, tala e talinha – realizam prolongamentos da voz, tradicionais nos cantos da folia, obedecendo a escala musical. Embaixador, contra-mestre e contralto representam os três reis magos Gaspar, Baltazar e Melchior.
A folia de reis é uma celebração às profecias, à anunciação e ao nascimento de Jesus, à viagem e à adoração dos três reis magos. Francisco Garbose, de 63 anos, líder do Mensageiros da Paz e organizador do evento explicou que a tradição surgiu na Espanha em 1223, período em que povos mouros e árabes estavam no país.
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"Tudo começou com Noé, que tinha três filhos: Sem, Cão e Jafé. Eles povoaram a Terra, criando três povos diferentes. Mais tarde, reis representantes desses povos foram recepcionar Jesus e buscar a salvação para as gerações futuras", explicou. Para Garbose, é preciso entender que o gesto dos reis ainda representa muito. "Quero sempre reunir os foliões. É mais que folclore ou tradição. É religiosidade", disse.