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Manifestação

Funcionários fazem vigília para garantir salário

Redação - Folha de Londrina
24 ago 2003 às 19:53

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Cerca de 30 funcionários da fábrica de móveis Irmola fazem vigília, desde a noite de sábado, na porta da empresa no Jardim Maria Lúcia (zona oeste) para impedir a retirada de maquinário, que pode ser usado para pagamento de salários atrasados. A empresa fechou e não teria pago os direitos trabalhistas.

Segundo os empregados, dois caminhões estavam sendo usados para retirar cerca de 20 equipamentos, entre serras, desempenadeiras e lixas. Um dos empregados mobilizou os companheiros de trabalho, que estão em vigília desde as 20 horas de sábado.

De acordo com o auxiliar do setor financeiro, Álvaro Augusto Gerard, 26 anos, eles pretendiam ''manter a vigília, em esquema de revezamento, pelo menos até amanhã''. A dívida com o grupo de funcionários varia de R$ 30 a R$ 40 mil. De acordo com eles, o equipamento está avaliado em cerca de R$ 100 mil. Além da Polícia Militar, os advogados Jorge Custódio Ferreira, do Sindicato dos Empregados da Construção Civil e Mobiliário de Londrina, e Marco Valle, da empresa, estiveram no local.

Os funcionários haviam participado, na sexta-feira, de uma assembléia para discutir a situação da empresa. Custódio disse que deverá entrar amanhã com medida cautelar de arresto na Justiça do Trabalho para garantir os equipamentos para pagamento das dívidas trabalhistas.

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O maquinário estaria penhorado para pagamento de uma dívida da proprietária da fábrica, Elaine Cristina Condado, com um tio dela. O sindicato chegou a pagar o frete dos caminhões que seria utilizado para retirada dos equipamentos. ''Tirar as máquinas num sábado à noite é estranho. Está cheirando marmelada'', disse o encarregado de produção Valdecir Costa, 28 anos.

A proprietária Elaine teria afirmado que pretende pagar a dívida com o dinheiro da venda de um carro. Os funcionários disseram, no entanto, que além do valor do veículo não ser suficiente, o carro seria alvo de disputa judicial entre Elaine e o ex-marido e não poderia ser negociado.

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A reportagem da Folha procurou a empresária, mas seu celular estava desligado. Apesar de ter deixado recado, não houve retorno até o fechamento da edição.


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